O lobo de Wall Street - Resenha crítica - Jordan Belfort
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O lobo de Wall Street - resenha crítica

O lobo de Wall Street Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The wolf of Wall Street

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-4221-915-9

Editora: Planeta

Resenha crítica

O começo 

Quando Jordan Belfort começou a trabalhar na área de corretagem, tinha apenas 7 dólares no bolso e a recente falência de uma empresa no histórico. Logo no primeiro dia, ao conhecer o novo ambiente de trabalho, foi chamado pelo futuro chefe como “um balde de merda”. 

Era um recomeço, que em pouco tempo o faria se reerguer por completo. No dia em que estreava no ainda desconhecido campo de atuação, a convite de um amigo, foi almoçar em um restaurante chique com os novos companheiros de trabalho. 

Ali, percebeu que além da refeição, era comum ver clientes ingerindo bebidas alcoólicas em excesso e cheirando cocaína, servida à frente de todo o restante do público sem a menor cerimônia. Ninguém se espantava com a degradação humana ali, a poucos metros de onde almoçavam. 

Anos depois, o próprio Jordan ganhava uma média de 1 milhão de dólares mensais aos 27 anos, quando já achava natural cheirar cocaína no almoço, enquanto ingeria Quaaludes, um remédio para amenizar dores crônicas nas costas, mas que também servia para se drogar, devido aos efeitos alucinógenos causados pelos mais de 10 comprimidos diários. 

Não parava por aí. Durante sua década de ascensão e queda, Jordan utilizou uma série incontável de drogas todos os dias, especialmente após o fim do primeiro divórcio. Casou-se com Nadine, sua amante durante o casamento anterior. A segunda esposa era traída constantemente com prostitutas de lugares diversos, com sexo praticado até mesmo durante o expediente.

 E isso porque Nadine era a mulher de seus sonhos: loira, linda, alta e com pernas deslumbrantes. Uma duquesa, com ele a chamava. Toda essa vida de loucura diminuiu só um pouco depois do nascimento de Chandler, a primeira filha de Jordan. 

Mas é inegável o quanto o crescimento de seu patrimônio, de uma hora para outra, mudou drasticamente o estilo de vida do autor. Não sem um alto preço, muitas falcatruas e a sensação não só de impunidade, mas de que tudo era possível para Jordan.

As fraudes 

Quando descobriu a oportunidade de ganhar muito dinheiro de maneira fraudulenta, a ganância subiu à cabeça. Depois de ser admitido para um programa de treinamento destinado a corretores que alcançavam a meta de 250 mil dólares em rendimentos anuais, passou a ganhar essa quantia em sua própria corretora. 

Seu lema era agressivo: “um corretor não desliga o telefone até que o cliente compre ações ou morra.” Então, no período de uma década, somou uma fortuna na casa dos bilhões de dólares. 

E isso foi possível graças à venda de penny stocks, ações de pequenas empresas muito em baixa no mercado. Com um poder de persuasão fora do comum, Jordan convencia investidores a comprarem um produto que não valia nada. E isso levou vários deles a se depararem com prejuízos milionários, em um esquema de corrupção que não ficaria impune. 

Houve um momento em que a corretora de Jordan contava com uma equipe de mais de mil profissionais, envolvida em ações fraudulentas de mais de 1 bilhão de dólares. Não parou por aí: as atividades ilegais envolviam não só negociações fraudulentas como também as ilegalidades em IPOs, como são conhecidas as ofertas públicas iniciais para capitalizar empresas. 

Excentricidades

No auge das fraudes que lhe renderam muito dinheiro, Jordan Belfort não abriu mão de ostentar e, com isso, protagonizou momentos bizarros. Um deles foi quando obrigou o capitão de seu iate a iniciar a viagem de férias, previamente programada, em meio a uma forte tempestade. Assim, foi possível afundar um barco que o autor odiava e do qual queria se desfazer. 

Entre o abuso das drogas e a crença de ser todo-poderoso, é possível se questionar como ele não morreu naquele tempo. O vício em remédios fazia com que ele ingerisse todos os dias não apenas o já citado Quaaludes, mas também Valium, morfina, Xanax, oxicodona, Klonopin, Ambien e Prozac. Isso sem falar na cocaína em doses cavalares. 

Jordan chegou a ficar quase 3 meses insone devido ao excesso de remédios, gerando uma paranoia que o fez se voltar contra a esposa, jogada da escada em um acesso de fúria. Sorte a dela ter conseguido chamar a polícia, possibilitando uma internação forçada em uma clínica de reabilitação, marcando o início da derrocada. 

Outro episódio assustador foi a vez em que destruiu o campo de golfe da mansão em que vivia ao pousar seu helicóptero, pilotando-o com apenas um olho aberto. O motivo? A dupla visão causada pelo excesso de drogas. 

Evidentemente, essa loucura não iria durar para sempre. 

Derrocada

Já passamos da metade da história de um homem muito inteligente, mas que, infelizmente, usava suas habilidades para enriquecer à custa do prejuízo alheio. 

E a conta veio alta, em 1996, quando foi preso pelo FBI depois de uma extensa investigação, detalhando as falcatruas em que esteve envolvido. Entre elas, lavagem de dinheiro e fraudes de valores imobiliários. Jordan foi preso, mas não sem antes depor contra pessoas que trabalharam com ele, entre colegas de trabalho e subordinados chegando a sócios muito próximos, que também precisaram prestar contas com a justiça. 

Sua delação fez parte do acordo feito com as autoridades e permitiu a Jordan cumprir 22 meses do total de quatro anos de sua sentença em um presídio no estado da Califórnia. O FBI calculava que o total de golpes aplicados causaram um prejuízo de 220 milhões de dólares aos investidores enganados e o lobo de Wall Street foi obrigado a devolver metade deste valor. 

Sua história é tão incrível que ele dividiu cela com o ator Tommy Chong, famoso por seu ativismo em prol da legalização da maconha. Foi ele quem encorajou o autor a escrever sobre suas experiências como corretor da bolsa de valores. 

A amizade permaneceu depois do cumprimento da pena e até hoje Jordan dá créditos ao colega de cela pela nova carreira, como palestrante motivacional. 

Um doloroso retrato da ganância

Em suas palestras, Jordan Belfort retrata o quanto a ganância arruinou uma vida de riqueza extrema, mas baseada em falcatruas. Ele sentia a necessidade de gastar com luxo, prazer e drogas com a mesma velocidade dos ganhos de milhares de dólares por minuto. Um retrato do estilo de vida ultracapitalista adotado por muitos agentes do mercado financeiro. 

Além do livro, é comum Jordan Belfort ser um dos principais convidados de cursos e congressos. Entre as lições transmitidas pelo ex-corretor, é ressaltada a importância de incentivar a educação financeira. Com ela, milhares de investidores não teriam sido suas vítimas no auge do período em que cometeu tantas fraudes milionárias. 

Jordan também é crítico da hipocrisia de setores empresariais, especialmente os que se utilizam de causas nobres apenas visando aos lucros. Segundo ele, não há muita diferença entre essa prática e as fraudes que, por uma década, encheram seu bolso. 

No cinema

Uma história tão saborosa, de ascensão e queda, golpes, excessos e traições não poderia ter outro destino senão virar filme. Nas telonas do cinema, Jordan Belfort foi encarnado por Leonardo DiCaprio, em filme dirigido por Martin Scorsese e também contando com Margot Robbie e Matthew McConaughey no elenco.

O filme estadunidense, de 2013, é uma mistura de drama, comédia e biografia. É homônimo do livro e foi indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção, filme, ator, ator coadjuvante e roteiro adaptado. 

São mais de três horas de filme para o espectador se deliciar com a ascensão e queda de Jordan Belfort, com cenas de forte conteúdo sexual, nudez e abuso de drogas. Um retrato fiel da vida do autor. Para se ter uma ideia, há mais de 500 menções a palavrões na linguagem utilizada na obra. 

Não à toa, foi considerado pelos críticos como o melhor filme no ano de seu lançamento. E já que o protagonista foi um especialista em multiplicar dinheiro, é bom lembrar que o orçamento do filme foi de 100 milhões de dólares, enquanto sua receita com as bilheterias passou dos 392 milhões. 

A vida de Jordan Belfort segue assim: de ascensão meteórica e queda ao fundo do poço, com reviravoltas e lições a públicos gigantescos na sequência. Uma história de cinema para ser lida, relida e absorvida. 

Notas finais 

É difícil saber até onde vai a ganância do ser humano. Certamente, Jordan Belfort ultrapassou todos os limites, levando prejuízo a inúmeros investidores e se afundando nas drogas e em uma vida de excessos que lhe trouxeram perdas na vida pessoal e financeira. A trajetória do autor deixa claro: é necessário manter os pés no chão, prezando por um comportamento ético e dentro de limites aceitáveis, custe o que custar. Caso contrário, o tombo pode ser grande. 

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Quem escreveu o livro?

Jordan Belfort, autor e palestrante motivacional, é um antigo corretor da bolsa americana, e foi imortalizado no filme "Lobo de Wall Street". Sua história hoje é inspiração para muitas pessoas que de... (Leia mais)

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