O gene egoísta - Resenha crítica - Richard Dawkins
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O gene egoísta - resenha crítica

O gene egoísta Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Ciência

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Selfish Gene

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-8535911299

Editora: Companhia das Letras

Resenha crítica

Por que as pessoas existem?

Para Dawkins, o auge da vida inteligente em um planeta acontece quando há a compreensão da própria existência. Os seres vivos já estavam habitando a Terra havia mais de 3 bilhões de anos quando Charles Darwin explicou a Teoria da Evolução. 

Até houve um esboço aqui e outro acolá, mas nada como a construção coerente e convincente dada por Darwin, detalhando a razão de nossa existência e como ela aconteceu. 

Desde então, perguntas sobre a existência do homem na Terra não precisam mais ser explicadas por meio de superstições místicas. 

Não há dúvidas científicas quanto à Teoria da Evolução, hoje amplamente conhecida. Poucos se dedicam ao estudo da zoologia nas universidades e muitos estudam a filosofia como se Darwin jamais tivesse existido, mas algumas alterações acontecem com o decorrer do tempo. 

E o propósito de Richard Dawkins neste O gene egoísta é analisar  biologia do egoísmo e do altruísmo, a evolução individualmente.

Os replicadores

Não é fácil explicar como o universo começou. Pois a Teoria da Evolução, por meio da seleção natural, destrinchada por Darwin, nos mostra que os átomos desordenados se organizaram, mas poderiam ter se transformado em uma complexidade ainda maior. 

Na realidade, a chamada “sobrevivência do mais apto” é um caso específico da lei da sobrevivência do estável. O estável é um amontoado de átomos com algo suficientemente comum para ser classificado com um nome. Pode ser um aglomerado de átomos ou um classe de entidades, como uma gota de chuva. 

Quando átomos mais complexos vão se formando espalhados pelo universo, ocorrem reações químicas. Na luta pela sobrevivência dentro do ambiente molecular, começam a surgir os chamados replicadores, que têm a função de constituir envoltórios protetores para ajudar as moléculas na luta pela sobrevivência. 

Conforme os replicadores foram evoluindo, suas máquinas de sobrevivência tornaram-se mais sofisticadas. Após 4 bilhões de anos, eles apinharam-se em colônias gigantescas, vivendo seguramente dentro de cada um de nós, criando nosso corpo e mente, e sua preservação garante nossa vida na Terra. 

Espirais imortais

Somos, todos os seres vivos, verdadeiras máquinas de sobrevivência. Entre animais, plantas, bactérias e vírus, é quase impossível determinar o total dessas máquinas habitando a Terra. 

Há variações diversas dentro da própria espécie de cada ser, além de muitas delas, os replicadores que cada espécie carrega são genes do mesmo tipo em todas. Os nossos replicadores são as moléculas de DNA e, portanto, podemos nos considerar também como máquinas de sobrevivência. 

Mas, é importante ter em mente que há uma grande variedade de máquinas para descobrir, com replicadores de outros tipos também lhes protegendo. 

A máquina gênica

No início, as máquinas de sobrevivência funcionavam como receptáculo passivo para os genes, dando-lhes paredes para se protegerem na guerra química da sobrevivência entre moléculas. 

Até que os vegetais surgiram na terra como um dos principais ramos das máquinas de sobrevivência, usando diretamente a luz solar para a construção de moléculas de grande complexidade por meio de moléculas simples. Assim, seu processo de autoproteção passou a ser em maior velocidade que o das outras espécies.

Em compensação, os animais descobriram o quanto era possível se aproveitar do trabalho químico das plantas e passaram a se alimentar dela ou de outros animais. Essas duas espécies de máquinas de sobrevivência, então, passaram a desenvolver cada vez mais truques engenhosos para aumentar sua sobrevivência, criando ramificações poderosas de vida em mar, terra e ar. Se hoje temos tantas espécies animais e vegetais, o motivo é um só: sobrevivência. 

Agressão: a estabilidade e a máquina egoísta

Desde os primórdios, cada ser era uma máquina egoísta, instintivamente programada para tomar as atitudes que fossem melhores para seus genes. 

Para uma máquina de sobrevivência prevalecer, ela entende que outras máquinas de sobrevivência  fazem parte de seu meio ambiente. Tudo que está no meio do caminho e pode lhe atrapalhar procura ser explorado. Quando agredida, a máquina de sobrevivência busca um contra-ataque. 

Isso ocorre porque a seleção natural favorece os genes que programam o melhor uso de suas máquinas de sobrevivência em todo e qualquer lugar. 

Mas não se podem tratar os seres como se fossem completamente independentes. Nem sempre as espécies, diferentes ou fazendo parte de um mesmo grupo, dividem espaços. É possível ver na natureza o quanto umas e outras são capazes de conviver harmoniosamente, enquanto outras se aniquilam de maneira instintiva. 

O parentesco dos genes

O gene egoísta não se trata apenas de um fragmento físico e único de DNA. Ele é o conjunto de todas as réplicas de um fragmento particular de DNA, distribuído por todo o mundo. 

Se os genes tivessem objetivos conscientes, poderíamos dizer que ele busca tornar-se mais numeroso na natureza, ajudando os corpos a se programarem para sobreviver e se reproduzir.

O gene egoísta, com vistas à sobrevivência da espécie, está presente em todos os seres, dos vegetais aos animais, chegando a nós, seres humanos, desde os tempos em que nos comportávamos muito mais proximamente de animais selvagens do que como seres de ciência tão avançada quanto a atual. 

Planejamento familiar

Muito se pensa no cuidado parental como algo integrante no processo de reprodução das espécies, enquanto um altruísmo sem vínculos de parentesco seja destituído de objetivos mais concretos. 

Pois, de fato, há distinções importantes entre os cuidados entre os parentes próximos e outros animais da mesma espécie. Lembre-se que, aqui, tratamos de todo o processo de evolução no reino animal. 

A reprodução e os cuidados com os filhos foi situada do lado oposto a todas outras formas de altruísmo existentes no mundo. Mas é importante ter em mente que este tipo de classificação tem a ver somente com a maneira humana de se organizar em famílias. 

Como exemplo, na natureza, para nossa evolução, um comportamento hoje repugnante  foi muito replicado: o de dar mais atenção para os filhos que tinham mais condições de sobrevivência. A máquina de sobrevivência não falha e se não fossem comportamentos nesse sentido, não chegaríamos ao mundo de hoje. 

A guerra dos sexos

Pais e filhos compartilham 50% de seus genes e mesmo assim há conflito de interesses em sua convivência. O conflito é ainda mais severo entre parceiros sexuais, que possuem em comum metade do investimento genético nos mesmos filhos. 

Uma vez interessados em criar o mesmo descendente, há vantagens mútuas em garantir a sobrevivência de sua cria. Pois na evolução, é possível que cada um dos parceiros explore o outro para que este invista mais na criação do filho.

Os machos de algumas espécies repetem esse comportamento há bilhões de anos, enquanto outros se veem obrigados, devido à existência de fêmeas mais fortes, a dividir igualitariamente a criação dos filhos. 

É uma relação de exploração mútua. A máquina de sobrevivência faz, ainda, com que muitos machos de algumas espécies animais se relacionem com diversas fêmeas de maneira instintiva, para assegurar a reprodução de sua espécie. 

Uma mão lava a outra?

Pode-se perguntar até que ponto as interações parentais, sexuais e agressivas acontecem para a sobrevivência da espécie. Pois alguns aspectos são interessantes de se notar.

Há a tendência em muitos animais de viver em grupo, como os bandos, enxames e cardumes que nos acostumamos a ver. 

Quando os animais vivem juntos, é sinal de que há benefícios em se associarem para um bem comum. Significa que seus genes são superiores ao investimento numa vida solitária. Considerando a evolução da espécie humana, não é à toa nosso agrupamento cada vez maior em bairros com maior adensamento, por exemplo.

Memes: os novos replicadores

Para muitos, quando textos científicos tratam de animais, são desconsiderados os seres humanos. Ledo engano, pois carregamos características evolutivas que coexistem em outras espécies. 

O que nos diferencia como espécie única em relação a todas as outras da natureza é a cultura. A transmissão cultural tem semelhanças com a transmissão de valores genéticos. 

O termo meme, cunhado por Richard Dawkins, é a unidade mínima de memória. Podemos fazer uma analogia com o gene ao falar de genética. É por meio dele que determinada informação se multiplica e é transmitida de cérebro para cérebro, tal qual um conhecimento cultural é passado de geração para geração. 

Os memes se constituem de ideias ou parte delas, bem como sons, capacidades, valores e tudo que pode ser aprendido de maneira autônoma, mas que tem origem em outro cérebro humano. O meme pode ser transmitido tal qual um vírus, de mente para mente, como verdadeiros replicadores de comportamentos. 

E se parece que esse é um conceito simples para entender a viralização de piadas na internet, fica mais divertido ainda quando sabemos que esse termo foi cunhado por um cientista em um livro publicado em 1976.

Os bons rapazes terminam em primeiro

Há uma frase que diz: os bons rapazes terminam em último, muito famosa no ensino de beisebol nas escolas dos Estados Unidos. É dita para incentivar os jovens atletas que não desistam e sigam em frente em suas jogadas. 

E ela também se adequa ao chamado egoísmo dos genes. Pois no equivalente darwiniano, o bom rapaz seria um indivíduo amável que ajuda os outros membros da mesma espécie para transmitir os genes às próximas gerações. Isso se considerarmos o termo “bom” como sinônimo de “bonzinho”.

Agora, se considerarmos o adjetivo “bom” como similar a “eficiente”, podemos levar em conta que apenas os genes egoístas, que não se preocupam com a sobrevivência alheia, poderão seguir rumo à transmissão de genes às gerações seguintes. 

O longo alcance do gene

Há uma tensão entre o gene e o corpo individual como agente fundamental da vida. 

Os replicadores de DNA independentes trabalham livres e desimpedidos. Vão transmitindo seus genes de uma geração à outra, temporariamente se reúnem a outras máquinas de sobrevivência descartáveis conforme sua conveniência.

O gene egoísta é o nosso motivo de estar aqui e são um complemento interessante para entender mais sobre a teoria da evolução de Charles Darwin.

Notas finais 

Quando se pergunta qual o sentido da vida e por que estamos na Terra, é comum a busca de respostas místicas, divinas, religiosas.

Ateu convicto, Richard Dawkins descarta toda superstição ao mostrar neste O gene egoísta o quanto, desde a parte mais primitiva do DNA humano, o que garante nossa vida por aqui são as conveniências de fazer o melhor para a própria sobrevivência. 

Aplicado a diversas magnitudes e aspectos diferentes, é possível ver o quanto esse comportamento é repetido de maneira instintiva ainda hoje, nas mais avançadas sociedades. 

Ele confirma e torna ainda mais detalhada e sofisticada a Teoria da Evolução e seleção natural de Darwin. 

Dica do 12’

A leitura do microbook 21 lições para o século 21 é uma boa dica para quem deseja aprender um pouco mais sobre bons e atuais argumentos científicos sobre a nossa condição de vida na Terra.

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Quem escreveu o livro?

Etólogo e Biólogo Evolutivo, Richard Dawkins é um escritor britânico, influenciado primordialmente por Charles Darwin e Christopher Hitc... (Leia mais)

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