Meditations for mortals - Resenha crítica - Oliver Burkeman
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Meditations for mortals - resenha crítica

Meditations for mortals Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Meditations for mortals: four weeks to embrace your limitations and make time for what counts

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-0-37-461199-6

Editora: Farrar, Straus and Giroux

Resenha crítica

O imperfeccionismo

Vivemos uma contradição. Somos pessoas limitadas, com tempo escasso, na era das infinitas tarefas e oportunidades. Enfrentamos um futuro desconhecido ao lado de outras pessoas, com personalidades diferentes da nossa. A arma que podemos usar para lidar com as exigências da vida é o “imperfeccionismo”.

O imperfeccionismo é um olhar libertador baseado na convicção de que suas limitações não são um obstáculo a uma existência significativa, mas a receita para alcançá-la. Imperfeições não são coisas contra as quais precisamos lutar para alcançar a realização na vida.

Em vez disso, quando aceitamos nossas limitações, nos tornamos capazes de levar uma vida mais sã, livre, realizada, socialmente conectada e encantadora no momento mais indutor de ansiedade da história. A vida se torna mais mágica quando aceitamos o quão fugaz e imprevisível ela pode ser.

As duas únicas questões na vida são qual é o preço e se vale ou não a pena pagar

Oliver Burkeman, o autor do livro, conta que um de seus amigos estava em dúvida se deveria deixar ou não seu casamento. O relacionamento já não era mais tão bom. No entanto, ele estava paralisado, porque as duas opções pareciam terríveis. Em uma, levaria a esposa à tristeza e escandalizaria sua família cristã.

No entanto, se permanecesse, condenaria os dois a um relacionamento que já não fazia mais sentido. Inconscientemente, ele procurava uma terceira opção que não fosse indolor. Só que ela não existia. Existe uma forma diferente de abordar essa questão: não há terceira opção, mas uma nova visão sobre as outras duas.

Ele entendeu que qualquer uma das escolhas seria terrível e ponto. Só que ele estava livre para escolher, desde que estivesse disposto a pagar o preço. As duas únicas questões na vida são qual é o preço e se vale ou não a pena pagar. Ele saiu do relacionamento. Foi sofrido, mas a vida seguiu em frente.

Não desperte seu potencial

Muita gente começa o dia com um sentimento de “déficit de produtividade”, uma espécie de “dívida” que você precisa lutar para pagar, na esperança de chegar ao saldo zero no final do dia. Se essas pessoas falharem, é como se elas não justificassem sua existência no planeta. 

Isso é o que cria o que os psicólogos chamam de “superdotados inseguros”: pessoas cujas realizações, por mais impressionantes que possam parecer, são guiadas, principalmente, por um senso de inadequação. Talvez você acredite que conquistará seu direito de existir só quando chegar a uma certa classe social, renda ou formação acadêmica.

Talvez sua autoestima esteja condicionada à cobrança mais enlouquecedora de todas: “desperte o seu potencial”. Isso significa que você nunca poderá descansar, porque nunca terá certeza de que não há um pouco mais de potencial a ser despertado. Essas cobranças são absurdas e você não precisa seguir nenhuma delas.

A arte de ser sábio é a arte de saber o que ignorar

Estamos mais conectados do que nunca. Qualquer pessoa em uma rede social pode ser convidada instantaneamente a ver o sofrimento humano, mesmo que ele esteja a muitos quilômetros de distância. Também vivemos na economia da atenção, em que os algoritmos disputam por cada segundo de nossos dias.

Isso faz com que a mídia e os grupos de interesse aumentem a importância de cada história que é relatada em uma rede social, graças à corrida armamentista pela atenção. Muitas pessoas começaram a “viver dentro das notícias”, o que alimentou polarização e sensacionalismo nas redes sociais.

A arte de ser sábio é a arte de saber o que ignorar. Escolha suas batalhas e não se sinta mal por isso. Somos pessoas limitadas. Não tente se importar com tudo. Foque naquilo que é realmente importante para você e esqueça o resto. Na era da escassez de atenção, o ato mais cidadão é salvá-la.

Não deixe o futuro lhe perturbar

Todos nós estamos presos a uma localidade temporal. Não podemos ver como será o futuro. Temos o que o psicólogo Robert Saltzman chama de “vulnerabilidade total aos eventos”. Isso significa que quase qualquer coisa pode acontecer no segundo seguinte. Um familiar ou amigo pode infartar no próximo minuto. Isso é devastador.

Tudo, dentro das Leis da Física, pode acontecer. Para lidar com isso, nosso cérebro dispara gatilhos de preocupação. Tentamos sempre antecipar os próximos dias. Não deixamos o futuro ser o futuro. O problema é que isso é contraproducente: não podemos dar conta de todos os cenários possíveis.

Nunca deixe o futuro lhe perturbar. Quando ele chegar, você vai enfrentá-lo com as mesmas armas da razão que hoje o armam contra o presente. Dedique menos energia para manipular o futuro e tenha mais fé em sua capacidade de lidar com ele, se é que aquilo que traz preocupação realmente acontecerá.

Qualquer coisa que vale a pena tem uma parte difícil e com pouco glamour

Muita gente adora começar um novo empreendimento, porque o início permanece no mundo da limitação. Você se deleita com o potencial da ideia. É como quando você imagina uma viagem com muitos meses de distância. Talvez a sua imaginação seja preenchida de imagens de deslumbrantes banhos de praia ou caminhadas na montanha.

No entanto, à medida que a viagem se aproxima, a idealização se quebra. Você precisará decidir quais praias ou montanhas, quanto precisará gastar, como negociar as férias no trabalho, o que comer, onde se hospedar, e por aí vai. No início de qualquer coisa, vemos só um contorno borrado do que aquilo pode ser.

O que torna tudo mais atraente é o fato de vermos com algum nível de distância mental. Só quando olhamos com mais profundidade é que nos defrontamos com os problemas. Qualquer coisa que realmente vale a pena tem uma parte difícil e com pouco glamour. 

Termine o que começou

Já passamos da metade do microbook e o autor conta que começar muitas coisas e terminar poucas é uma receita para a frustração. A conclusão repõe energia. Quando desenvolvemos o hábito de finalizar o que começamos, criamos combustível para a verdadeira produtividade.

Muitos fazem menos do que podem porque, sempre que chegam a um ponto difícil, correm para outros projetos. Quando agimos assim, não criamos um histórico de realizações do qual podemos nos orgulhar e não nos beneficiamos do feedback que vem de compartilhar o trabalho com os outros.

Ficamos com um senso de autoaversão e sobrecarga. Esforce-se para terminar o que começou. Se for um projeto muito longo, termine, ao menos, uma etapa. Se for preciso, redefina o que é uma conclusão na forma de pequenos passos, mas nunca pare de caminhar. A vida é menos cansativa dessa forma.

Por trás das montanhas, há mais montanhas

A maior parte das pessoas passa pela vida com a suposição de que, em algum momento, chegaremos à fase em que não teremos problemas para lidar. Só que esse momento nunca chega. Sempre há contas a pagar e pequenos conflitos a resolver. A vida é uma série interminável de contratempos. 

Não faz sentido ficar surpreso com a chegada do próximo. Em um nível abstrato, “problema” é só um nome que damos às coisas que escapam da nossa finita capacidade de controle. Realmente, seria bom pular os grandes contratempos. No entanto, os pequenos são parte do que fazem a vida ter graça. 

Nos momentos de lazer, jogamos jogos de tabuleiro, aprendemos instrumentos musicais ou tentamos cozinhar novos pratos — nada disso teria graça sem a resolução de problemas envolvida. Por trás das montanhas, há sempre mais montanhas. Mas poucas coisas na vida são tão emocionantes quanto o alpinismo.

Alcançar a economia máxima de esforço é uma habilidade adulta importante

O mundo do pensamento positivo, da autoajuda popular e das palestras motivacionais é enganoso. Ele sugere que ter uma vida significativa é sempre uma questão de esforço e trabalho árduo. Em um certo sentido, a vida é realmente difícil. Temos um tempo limitado e precisamos fazer escolhas difíceis.

No entanto, o verdadeiro desafio para criar uma vida plena é aprender a deixar ir. Não precisamos forçar as coisas a acontecerem com o poder da força de vontade, e sim, aprender a sair do caminho e permitir que elas aconteçam. Diferentemente do que essa literatura diz, fazer esforço não é algo virtuoso por si só.

Não faz sentido você se dedicar 100% a coisas que estarão boas o suficiente com 50% ou 25% de sua energia. Alcançar a economia máxima de esforço é uma habilidade adulta importante. Nem tudo que requer força de vontade precisa ser feito. Há outras formas de passar o tempo.

A regra de ouro inversa

É comum pensar que, se não formos excessivamente punitivos conosco, não conseguiremos fazer nada. As pessoas se criticam quando não acordam cedo, não fazem atividade física, comem fora da dieta, não produzem o tanto que deveriam produzir no trabalho, e por aí vai.

O problema é que esse crítico interior passa do ponto. O autor sugere seguir a “regra de outro inversa”. Isso significa não se dar o tratamento punitivo e raivoso que você jamais daria a outra pessoa. Se você não consegue se imaginar gritando com um amigo por um erro, não grite internamente consigo mesmo.

Se o seu crítico interior se materializasse em uma pessoa real, as pessoas o achariam chato, grosseiro e desequilibrado. Em algum momento da vida, internalizamos essa voz interior, herdada dos pais ou da sociedade. No entanto, o que ela diz está longe do razoável há muito tempo.

Dê às coisas a proporção que merecem

Quando você se sentir muito ansioso ou tenso, expanda sua consciência de realidade para o seu papel no mundo. Ponha a perspectiva real. Reflita sobre como tudo passa e desaparece. As coisas estão em constante mudança e, dificilmente, há algo que permaneça do jeito que está.

A vida é finita. Toda a frustração desaparecerá em um curto espaço de tempo, assim como nossas próprias existências. Somos algo minúsculo em um planeta igualmente minúsculo na infinidade do espaço. A realidade não precisa de nós para continuar. Essa reflexão estoica dá aos sentimentos ruins a proporção que merecem.

O rabino Simcha Bunim, um dos líderes do judaísmo hassídico na Polônia, andava com um pedaço de papel em cada bolso. Em um, ele escreveu: “por minha causa o mundo foi criado”. No outro, ele escreveu: “sou só pó e cinzas”. Ele pegava cada pedaço de papel quando necessário, como um lembrete.

Nem todos podem ser extraordinários

Nossa condição humana é finita. Sempre há coisas demais para fazer. O futuro sempre está fora do nosso controle. A imperfeição e a limitação estão no centro de nossas existências. No entanto, a nossa insignificância cósmica não anula a importância de nossas ações.

Para que uma ação tenha valor, ela não precisa acontecer em uma escala grandiosa. Uma atividade pode ser a mais importante de sua vida e ninguém saber que ela aconteceu. Nós seguimos em direção a um padrão desnecessariamente grandioso do que importa. Então, ficamos desanimados se não estivermos à altura.

A pressão por mudar o mundo ou fazer algo que seja aplaudido por um número extraordinário de pessoas não faz sentido. Por definição, só poucas pessoas podem alcançar um resultado fantástico em alguma coisa. Se todos pudessem se destacar, não haveria multidão da qual se destacar.

Notas finais

Meditations for mortals traz uma visão realista sobre o sofrimento humano e as expectativas que cultivamos ao longo da vida, questionando as cobranças sociais e sugerindo um caminho de ponderação para uma vida com mais saúde mental.

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Quem escreveu o livro?

Oliver Burkeman é escritor e jornalista. Ficou conhecido por sua coluna semanal no jornal The Guardian.... (Leia mais)

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