Leão XIV: Tudo o que você precisa saber sobre o novo papa - Resenha crítica - 12min Personalities
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Leão XIV: Tudo o que você precisa saber sobre o novo papa - resenha crítica

Leão XIV: Tudo o que você precisa saber sobre o novo papa Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Leão XIV: Tudo o que você precisa saber sobre o novo papa

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

Você já se perguntou como a escolha de um novo papa pode influenciar não apenas a Igreja Católica, mas também questões sociais e políticas globais?

A eleição de Robert Francis Prevost, agora Papa Leão XIV, não é apenas um evento religioso. É um marco histórico, político e cultural. Um símbolo de mudança — e, ao mesmo tempo, de continuidade.

Este texto vai além da biografia tradicional. Aqui, você vai entender como um menino do subúrbio de Chicago chegou ao trono de Pedro. O que ele pensa sobre temas como justiça social, abuso de poder, imigração, esquerda e direita. Como é sua relação com o Papa Francisco, com os EUA e com Trump. E por que sua eleição pode ser um divisor de águas para o catolicismo no século XXI.

As origens de um papa improvável

Robert Francis Prevost nasceu em 1955, em Chicago, Illinois, numa família de imigrantes com raízes italianas e espanholas. Filho de uma costureira e de um trabalhador industrial, foi criado em um ambiente católico simples — desses onde missa e macarronada coexistem no domingo.

Seu primeiro contato com a fé foi como coroinha, mas ele nunca foi o tipo "santinho da paróquia". Na adolescência, era um garoto curioso, estudioso e apaixonado por matemática. Chegou a cursar a Universidade Villanova, onde obteve o bacharelado em matemática antes de seguir o chamado para a vida religiosa na Ordem de Santo Agostinho.

Ainda jovem, percebeu que sua missão ia além das paredes do convento. Ele queria servir onde fosse mais difícil, mais esquecido. E foi assim que, nos anos 1980, se mudou para o norte do Peru — região pobre, marcada por conflitos políticos e violência armada.

O bispo das periferias

No Peru, Prevost viveu como missionário por mais de uma década. Era comum vê-lo andando de ônibus, celebrando missas em casas de barro e visitando favelas onde padres raramente pisavam. Sua atuação pastoral era marcada por proximidade com o povo, escuta ativa e forte senso de justiça social.

Em 2014, foi nomeado bispo de Chiclayo, onde liderou uma diocese com dezenas de paróquias e uma população vulnerável. Ali, adotou o que hoje é marca de sua liderança: priorizar os pobres, enfrentar estruturas de poder injustas e buscar soluções concretas para problemas reais.

Mas sua jornada no Peru também teve desafios.

Um deles foi a maneira como lidou com denúncias de abuso clerical. Embora tenha assumido postura de apuração, recebeu críticas por respostas consideradas lentas em alguns casos. Ao ser questionado anos depois, declarou:

"Não há como evangelizar sem justiça. A Igreja precisa ser casa segura, ou perde sua credibilidade."

Foi também no Peru que ele se naturalizou cidadão, algo que revelou o quanto se sentia parte daquele povo. Em suas próprias palavras: "Sou peruano de coração e missão."

Um cargo estratégico no Vaticano

Prevost não ficou no Peru para sempre. Em 2020, foi chamado ao Vaticano para assumir uma das funções mais estratégicas da Santa Sé: prefeito do Dicastério para os Bispos. Na prática, ele passou a ser o responsável por indicar novos bispos ao redor do mundo.

Esse cargo exige não apenas discernimento espiritual, mas jogo político, diplomacia e profundo conhecimento da realidade global da Igreja. Prevost demonstrou essas qualidades ao priorizar indicações de bispos comprometidos com as periferias e com a justiça social — seguindo o legado do Papa Francisco.

Foi justamente essa trajetória que fez dele um dos nomes mais cotados para a sucessão de Francisco. E, quando o conclave se reuniu, seu nome emergiu como símbolo de renovação — sem ruptura.

A escolha do nome: por que Leão XIV?

Escolher um nome papal não é detalhe. É um gesto simbólico. E Prevost escolheu "Leão XIV".

Esse nome carrega peso histórico. Leão XIII, por exemplo, é lembrado por sua encíclica Rerum Novarum, que defendeu os direitos dos trabalhadores em plena Revolução Industrial — uma virada na forma como a Igreja se relacionava com o mundo moderno.

Ao adotar esse nome, Leão XIV sinaliza um compromisso com a justiça social, com a dignidade do trabalho e com a atualização da missão da Igreja no século XXI. Não por acaso, sua primeira homilia como papa reforçou:

“A fé não é um museu. É uma semente viva. E ela precisa crescer onde as pessoas realmente estão.”

Relação com Francisco: sucessão ou continuidade?

Leão XIV não rompe com o Papa Francisco — ele dá continuidade.

Ambos compartilham uma espiritualidade centrada no serviço, no cuidado com os excluídos e na ecologia integral. Ambos têm forte influência latino-americana. Ambos acreditam que a Igreja deve “cheirar a ovelha”, como disse Francisco.

Mas há diferenças sutis. Francisco era jesuíta; Leão é agostiniano. Francisco falava com imagens poéticas; Leão fala com mais clareza direta, típica do americano médio. Francisco buscava caminhos novos; Leão busca estruturar esses caminhos e torná-los permanentes.

Um é poeta-profeta. O outro é gestor-pastor.

O que significa ser um papa agostiniano?

Leão XIV é o primeiro papa da história moderna vindo da Ordem de Santo Agostinho. Mas o que isso quer dizer na prática?

Cada ordem religiosa dentro da Igreja tem um “jeito de ser”, um carisma, uma espiritualidade própria. Os agostinianos — inspirados por Santo Agostinho, um dos maiores pensadores do cristianismo — são conhecidos por valorizar três coisas acima de tudo: a busca pela verdade, a vida em comunidade e a humildade diante do mistério de Deus.

Ou seja: um papa agostiniano como Leão XIV tende a ouvir mais antes de decidir, priorizar o coletivo em vez de decisões isoladas e manter os pés no chão, mesmo diante de assuntos complexos. Para ele, fé e razão caminham juntas — e toda certeza precisa ser atravessada pela escuta e pela convivência com os outros.

Isso é bem diferente, por exemplo, do estilo jesuíta do Papa Francisco, que tem um foco missionário, político e prático — os jesuítas são formados para estar “no mundo”, liderar, enfrentar conflitos e promover mudanças sociais. Francisco é alguém que provoca rupturas. Leão XIV, por outro lado, busca fortalecer as pontes.

E também se distingue de Bento XVI, que era um papa teólogo, mais voltado para a doutrina, o pensamento sistemático e a defesa da tradição da fé. Enquanto Bento escrevia como um professor e Francisco falava como um ativista, Leão XIV parece mais um pastor-filósofo: alguém que caminha com o povo, pensa com profundidade e fala com simplicidade.

Esse olhar agostiniano molda sua forma de liderar: menos autoritária, mais próxima. Menos baseada em regras, mais centrada no discernimento. É o tipo de liderança que não grita, mas que escuta — e transforma no silêncio.

E a política? O que esquerda e direita podem esperar

Leão XIV não é de esquerda nem de direita — mas incomoda os dois.

Da esquerda, recebe elogios por sua defesa dos migrantes, dos pobres e do meio ambiente. Em seu discurso de posse, chamou a crise climática de “pecado intergeracional” e reforçou o papel da Igreja como defensora da Casa Comum.

Mas também é crítico de ideologias. Já disse, em entrevistas, que “usar a Igreja como palanque político é desfigurar sua missão”. Ele é a favor do acolhimento de pessoas LGBTQIA+, mas contrário a sacramentalizações que firam a doutrina.

Da direita, agrada o seu foco em disciplina e clareza doutrinal. Valoriza a tradição litúrgica, defende a vida desde a concepção e vê a Eucaristia como centro da fé católica. Mas já foi duro ao criticar nacionalismos religiosos e discursos xenófobos. Em 2017, chamou muros fronteiriços de “estruturas de medo travestidas de soberania”.

Leão XIV e os Estados Unidos: uma relação ambígua

Embora seja o primeiro papa nascido nos EUA, Leão XIV não é “o papa dos americanos”.

Sua relação com os EUA é de distanciamento crítico. Ele rejeita o triunfalismo religioso de certos setores católicos norte-americanos, que veem o cristianismo como ferramenta de guerra cultural. Ao mesmo tempo, entende a importância geopolítica dos EUA e sabe dialogar com figuras de poder.

No passado, chegou a criticar abertamente decisões da Suprema Corte que ameaçavam os direitos dos imigrantes. Já em entrevistas a canais católicos conservadores, pediu unidade e fim da "instrumentalização ideológica do evangelho".

E Trump?

Leão XIV nunca se encontrou pessoalmente com Donald Trump, mas não faltam indiretas.

Em 2020, durante os protestos do Black Lives Matter, Prevost criticou “líderes que usam a fé como escudo enquanto ignoram o clamor da justiça”. Também foi enfático ao condenar a política de separação de famílias nas fronteiras: “não se pode defender a família separando pais e filhos.”

Essas posições o colocaram em contraste com a retórica de Trump — sem citar nomes, mas com mensagens claras. Ele parece seguir a linha de Francisco: preferir pontes a muros.

Reformas, tensões e o futuro

O que podemos esperar de Leão XIV nos próximos anos?

  • Fortalecimento das reformas de Francisco — especialmente no combate aos abusos sexuais, na descentralização da Igreja e na maior representatividade feminina em cargos de liderança.
  • Abertura a temas difíceis — como celibato opcional, revisão do papel das mulheres e diálogo inter-religioso. Ele não é revolucionário, mas também não tem medo de discutir o que precisa mudar.
  • Foco em governança e transparência — sua formação americana e experiência como bispo mostram um apreço por estrutura clara, metas e prestação de contas. Ele é, antes de tudo, um gestor pastoral.
  • Nova diplomacia vaticana — espera-se um reforço nas relações com países do Sul Global (América Latina, África, Sudeste Asiático), além de um posicionamento mais vocal em temas como inteligência artificial, desigualdade e direitos humanos.

Curiosidades que você talvez não saiba

Prevost é fluente em inglês, espanhol, francês e italiano - e costuma dizer que “a linguagem da fé precisa ser falada com o sotaque do povo”.

É fã de jazz e toca violão nas horas vagas. Já improvisou uma apresentação durante uma visita a uma paróquia no Peru.

Quando jovem, teve dúvidas sobre a vocação e pensou em trabalhar com estatística ou engenharia.

Gosta de caminhar ao ar livre. No Vaticano, já foi visto andando sozinho pelos Jardins Vaticanos ao fim do dia, sem seguranças.

Foi colega de turma de um dos atuais cardeais mais conservadores da América Latina, mas divergiu dele publicamente sobre o acolhimento a refugiados.

Notas Finais

A eleição de Leão XIV marca uma nova fase na história da Igreja: uma fase em que tradição e transformação não se excluem, mas se abraçam.

Ele é americano, mas não nacionalista. É progressista, mas com raízes na doutrina. É reformista, mas entende os limites institucionais. E sobretudo: é um pastor. Um homem que viveu a dor dos esquecidos e que agora carrega nos ombros a missão de guiar 1,3 bilhão de católicos.

A pergunta agora não é apenas “quem é Leão XIV?”, mas “o que a sua liderança nos pede como sociedade?”.

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