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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
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ISBN:
Editora: 12min
O conflito entre Israel e Palestina não começou agora — mas voltou ao centro das atenções após ataques do Hamas e fortes respostas militares de Israel. Milhares de civis morreram, a comunidade internacional reagiu, e o debate se espalhou para além do Oriente Médio. Este microbook explica, de forma clara, o que está acontecendo, quem são os lados, por que o conflito é tão complexo e como ele afeta o mundo todo — inclusive o Brasil.
A guerra entre Palestina e Israel é um dos conflitos mais antigos e complexos do mundo. Envolve disputas territoriais, religiosas, políticas e identitárias, todas entrelaçadas. Israel é hoje um Estado nacional judeu reconhecido internacionalmente. A Palestina é uma entidade não soberana cujos habitantes buscam o reconhecimento de seu próprio Estado.
Judeus e muçulmanos consideram a região da Palestina — especialmente Jerusalém — território sagrado. Para os judeus, é a terra prometida de seus ancestrais. Para os muçulmanos, abriga a Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã.
O embate atual é sobre ocupação, fronteiras, segurança, direito à existência e autodeterminação. Mas em seu fundo, também é simbólico: representa para muitos uma luta entre Ocidente e Oriente, entre religião e laicidade, entre império e resistência. É por isso que a guerra ressoa tanto, mesmo para quem não vive lá.
Para entender a origem real do conflito, é preciso voltar ao século dezenove. No fim dos anos 1800, surgiu o movimento sionista, que defendia a criação de um lar nacional para os judeus, inicialmente na Palestina, na época sob controle do Império Otomano. Na época, a região era habitada majoritariamente por árabes palestinos.
Com o colapso do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido passou a controlar a Palestina. Em 1917, a Declaração Balfour expressou apoio britânico à criação de um “lar nacional judeu”, o que intensificou a imigração judaica — causando tensões com a população árabe local.
Após o Holocausto, em 1945, o apelo moral pela criação de Israel aumentou. A ONU propôs a partilha da Palestina em dois Estados (um judeu e um árabe). Em 1948, Israel foi fundado. Os palestinos — que não foram consultados — consideraram isso uma invasão e, com apoio de países árabes, iniciaram a guerra. Israel venceu, expandiu seu território, e 700 mil palestinos foram expulsos ou fugiram.
Desde então, houve dezenas de conflitos, ocupações, e fracassos diplomáticos. A origem não está em um ataque específico, mas em décadas de ressentimento, colonização e promessas não cumpridas.
O conflito atual envolve uma série de atores com interesses distintos:
A religião tem peso simbólico profundo nesse conflito. Jerusalém é sagrada para três religiões: judaísmo, islamismo e cristianismo. A cidade é um ponto de disputa central: tanto Israel quanto a Palestina a reivindicam como capital. O controle da Esplanada das Mesquitas (ou Monte do Templo, para os judeus) é fonte constante de tensão.
No cenário internacional, famosos e políticos também se manifestam:
As declarações públicas geram controvérsia e, muitas vezes, boicotes ou cancelamentos.
Na prática, o que acontece é um ciclo de ataques e respostas entre dois lados que têm forças muito diferentes. Tudo costuma começar quando o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, lança foguetes em direção a cidades de Israel. Esses foguetes são feitos para atingir locais civis — como bairros, escolas ou estações de trem — e são disparados em grande quantidade.
Em resposta, o exército de Israel ataca Gaza com aviões e tanques, dizendo que está mirando bases e esconderijos do Hamas. O problema é que Gaza é uma área muito pequena e cheia de gente. Quase 2 milhões de pessoas vivem ali, e não há muitos lugares seguros. Por isso, os ataques de Israel acabam atingindo prédios residenciais, hospitais, escolas e até campos de refugiados, causando muitas mortes entre civis.
Israel tem um sistema chamado Domo de Ferro, que funciona como um escudo no céu: ele detecta e destrói a maioria dos foguetes antes que eles atinjam o chão. Já Gaza não tem nenhum sistema de defesa parecido — nem bunkers, nem sirenes, nem proteção para a população. Além disso, a região está bloqueada há quase 17 anos: tanto Israel quanto o Egito controlam quem entra e quem sai, incluindo comida, água, remédios e combustível. Isso agrava ainda mais a crise humanitária.
O Hamas diz que está lutando pela liberdade do povo palestino, contra a ocupação e o bloqueio. Mas é muito criticado por atacar civis, o que é proibido pelas leis internacionais de guerra. Já Israel afirma que tem o direito de se defender, mesmo que isso envolva bombardear locais onde o Hamas estaria escondido. O problema é que essas ações também matam civis, e isso tem sido denunciado por organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.
Além da guerra no campo de batalha, existe uma outra guerra acontecendo: a guerra de narrativas. Cada lado tenta convencer o mundo de que está com a razão. Termos como “genocídio”, “terrorismo”, “autodefesa” e “ocupação” são usados por todos os lados — nas redes sociais, nos jornais e nos discursos políticos — para reforçar suas versões dos fatos.
O uso político da guerra também serve para desviar atenção de crises internas. Em Israel, o governo Netanyahu estava sob intensa pressão por corrupção e protestos antes da guerra. O Hamas, isolado politicamente, também usa o conflito como forma de reafirmar sua autoridade frente à Autoridade Palestina, que perde legitimidade.
Quem sempre perde são os civis e os moderados, que desejam uma solução pacífica mas têm suas vozes abafadas pela radicalização. Pesquisas apontam que grande parte da população dos dois lados gostaria de uma solução com dois Estados — mas não vê um caminho possível hoje.
A guerra também aprofunda o trauma coletivo, a desconfiança e a descrença em soluções diplomáticas.
Mesmo longe do epicentro, o Brasil e o mundo sentem os reflexos da guerra:
O Brasil também participa do Conselho de Segurança da ONU e tem papel ativo em resoluções sobre o tema. A forma como o país se posiciona afeta sua imagem global.
Há especulações de que essa guerra pode ser a mais longa desde 2014, com ocupação prolongada da Faixa de Gaza. Também cresce o temor de uma guerra regional, com envolvimento de Hezbollah no Líbano, Irã e grupos armados no Iêmen.
Do lado diplomático, países como Turquia, Qatar e China tentam costurar soluções alternativas. Mas o grande impasse é: sem um plano claro de paz, a reconstrução de Gaza pode ser apenas o prelúdio da próxima guerra.
Porque o que está em jogo não é só território. É o valor da vida, o poder das narrativas, o papel da mídia e a forma como lidamos com conflitos no mundo digital.
Mesmo a milhares de quilômetros, somos impactados: na política, na economia, nas redes sociais e no imaginário coletivo. Quando uma guerra divide o mundo em quem merece viver ou morrer, ela não é só local — ela é global.
Entender o conflito entre Palestina e Israel ajuda a desenvolver pensamento crítico, evitar simplificações perigosas e cultivar empatia real.
Porque no fim, este não é um microbook sobre o “lado certo”.
É sobre a complexidade do mundo. E sobre o que fazemos com ela.
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