Índia x Paquistão: entenda o que está por trás da Guerra - Resenha crítica - 12min Originals
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Índia x Paquistão: entenda o que está por trás da Guerra - resenha crítica

Índia x Paquistão: entenda o que está por trás da Guerra Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

Índia e Paquistão são dois países vizinhos que nasceram da mesma história — mas vivem em lados opostos de uma das rivalidades mais tensas do mundo. Desde 1947, eles disputam a região da Caxemira, já travaram três guerras, mantêm exércitos nas fronteiras e possuem armas nucleares apontadas um para o outro. O conflito mistura política, religião, território e identidade nacional. E apesar de parecer distante, ele afeta a segurança global — e pode impactar até o seu dia a dia.

Como isso começou?

A origem do conflito remonta ao fim do domínio britânico no subcontinente indiano, em 1947. A região era composta por centenas de reinos e territórios sob controle britânico direto ou indireto. Quando a independência foi concedida, o Reino Unido dividiu a colônia em dois países: Índia (de maioria hindu) e Paquistão (criado para abrigar a população muçulmana).

Essa partilha foi feita de forma apressada e violenta. Milhões de pessoas tiveram que cruzar fronteiras de um dia para o outro — hindus fugindo do Paquistão, muçulmanos fugindo da Índia. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas morreram nesse processo.

A Caxemira, uma região montanhosa e estratégica ao norte da Índia, ficou no meio do caminho. Seu governante era hindu, mas a maioria da população era muçulmana. Ele decidiu se unir à Índia — o que foi rejeitado pelo Paquistão. Isso deu início à primeira guerra entre os dois países.

Desde então, a Caxemira se tornou o principal ponto de tensão. Houve outras guerras (1965, 1971, 1999), e hoje a região é dividida entre os dois países por uma linha de controle militarizada. A Índia controla dois terços do território e o Paquistão, o restante.

A mídia internacional acompanha o tema de perto, principalmente quando há atentados, manifestações ou movimentações militares. Mas fora dos picos de crise, o assunto costuma sair do radar — apesar de o risco real de conflito nuclear sempre existir.

Quem está envolvido?

O conflito entre Índia e Paquistão envolve muito mais do que os dois governos. Ao longo das décadas, novos atores entraram em cena — incluindo exércitos, grupos separatistas, organizações religiosas, e até potências internacionais.

  • Índia

É a maior democracia do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes. O governo indiano considera a Caxemira parte “inalienável” do país. Nos últimos anos, o primeiro-ministro Narendra Modi, do partido nacionalista hindu BJP, tem adotado uma postura cada vez mais rígida em relação à região, incluindo a revogação do status de autonomia da Caxemira indiana em 2019 — o que gerou protestos internacionais.

  • Paquistão

Criado como um Estado para muçulmanos, o Paquistão vê a Caxemira como parte de sua identidade nacional. O exército paquistanês tem grande influência política no país e considera a disputa um ponto de honra. O governo frequentemente denuncia violações de direitos humanos por parte da Índia na Caxemira.

  • Exércitos dos dois lados

Índia e Paquistão mantêm centenas de milhares de soldados estacionados na região da fronteira. Escaramuças e tiroteios são frequentes, mesmo fora de períodos de guerra aberta.

  • Grupos separatistas e extremistas

Na Caxemira indiana, existem movimentos separatistas que querem a independência da região — ou sua união ao Paquistão. Alguns grupos são apoiados direta ou indiretamente por Islamabad. A Índia acusa o Paquistão de patrocinar o terrorismo; o Paquistão nega.

  • Potências globais

EUA, China e Rússia acompanham o conflito com atenção. Nenhum desses países quer uma guerra no sul da Ásia — especialmente entre dois Estados com armas nucleares.

Como isso funciona na prática?

Na prática, o conflito entre Índia e Paquistão funciona como uma guerra congelada, mas com pontos de fervura frequentes. Os dois países não reconhecem oficialmente a soberania um do outro sobre a Caxemira e mantêm tropas armadas até os dentes ao longo da “Linha de Controle” — a fronteira militarizada que divide a região.

Quase todos os anos há trocas de tiros, explosões e denúncias de violações. Em 2019, por exemplo, um atentado suicida matou 40 soldados indianos na Caxemira. A Índia acusou um grupo paquistanês pelo ataque e respondeu com bombardeios dentro do território do Paquistão — o que quase gerou uma guerra aberta.

Mas o confronto não se limita à guerra tradicional. Hoje, a disputa envolve:

  • Censura, bloqueios e vigilância na Caxemira indiana, com milhares de soldados e restrições a internet, imprensa e manifestações.
     
  • Diplomacia agressiva: discursos inflamados na ONU, sanções comerciais e suspensão de diálogos.
     
  • Conflito religioso interno: a comunidade muçulmana na Índia (que representa cerca de 200 milhões de pessoas) também sente os efeitos da tensão.
     
  • Corrida armamentista: ambos investem em tecnologias militares, especialmente mísseis de longo alcance.
     
  • Guerra de narrativas: Índia e Paquistão disputam a versão oficial dos fatos em redes sociais, mídias estatais e canais internacionais.
     

A complexidade aumenta porque ambos os países possuem armas nucleares — e já deixaram claro que não hesitariam em usá-las, se considerassem sua soberania ameaçada. É uma disputa onde o risco nunca zera.

Quem ganha e quem perde com isso?

Como em quase todos os conflitos prolongados, o confronto entre Índia e Paquistão tem poucos vencedores e muitos perdedores — especialmente entre a população civil.

Quem perde:

  • Os caxemires. Vivem sob constante vigilância, medo de bombardeios, detenções arbitrárias e forte presença militar. Na Caxemira indiana, há denúncias de tortura, desaparecimentos e bloqueios de comunicação.
     
  • As famílias divididas. Desde a partição em 1947, milhões de famílias foram separadas. Em muitos casos, não podem visitar parentes do outro lado da fronteira.
     
  • A população muçulmana na Índia. Em tempos de tensão, aumentam os casos de islamofobia, violência sectária e discriminação.
     
  • A juventude. Tanto na Índia quanto no Paquistão, jovens crescem sob uma narrativa de rivalidade eterna. Isso gera radicalização, desinformação e bloqueia trocas culturais.
     

Quem ganha:

  • O nacionalismo. Governos de ambos os países usam o conflito para mobilizar apoio interno. Sempre que há crise política, ressurgem discursos de “ameaça externa” para unificar a população.
     
  • As Forças Armadas. Com orçamentos bilionários e autonomia, os militares são protagonistas políticos — especialmente no Paquistão, onde interferem diretamente no governo.
     
  • A indústria bélica. Compra de armas, mísseis e sistemas de vigilância movimenta bilhões e fortalece alianças internacionais.
     
  • Partidos extremistas. Eles usam o medo como ferramenta de poder e muitas vezes ganham popularidade com discursos agressivos.
     

No fim, a guerra fria entre Índia e Paquistão serve a quem lucra com o medo — mas isola, empobrece e traumatiza quem vive nas bordas da disputa.

Qual o impacto no Brasil e no mundo?

Mesmo parecendo um conflito regional, a tensão entre Índia e Paquistão tem consequências globais — e sim, isso pode afetar direta ou indiretamente o Brasil também.

  • Segurança internacional

Os dois países possuem arsenais nucleares. Um confronto mais intenso, com uso dessas armas, teria efeitos catastróficos — tanto humanitários quanto ambientais. Seria a maior ameaça nuclear desde a Guerra Fria. Por isso, a ONU e grandes potências acompanham de perto cada nova escalada.

  • Relações comerciais e tecnológicas

Índia e Paquistão ocupam posições estratégicas na Ásia. A Índia é um dos maiores polos de tecnologia do mundo, além de parceiro comercial crescente do Brasil. Qualquer instabilidade afeta investimentos, cadeias de produção e acordos multilaterais. O Paquistão, por sua vez, é aliado próximo da China — outro fator que tensiona o cenário global.

  • Migração e crise humanitária

Em caso de guerra, milhões de pessoas poderiam ser deslocadas, pressionando vizinhos como Afeganistão, Irã, Bangladesh — e afetando rotas migratórias até a Europa. Isso geraria novas ondas de instabilidade internacional, fome e aumento da xenofobia.

O que esperar nos próximos meses ou anos?

Embora o conflito entre Índia e Paquistão esteja longe de uma solução definitiva, há cenários possíveis — tanto positivos quanto preocupantes.

  • Estabilidade armada (mas tensa)

O cenário mais provável é a continuidade de uma “paz armada”: ambos os países evitam guerra aberta, mas mantêm tensões constantes na fronteira. Tiros esporádicos, acusações mútuas e protestos na Caxemira devem continuar, sem resolução duradoura.

  • Fortalecimento do nacionalismo

Na Índia, o governo de Narendra Modi deve manter sua linha dura. As eleições de 2024 consolidaram o discurso nacionalista hindu como força dominante. No Paquistão, crises políticas e instabilidade interna enfraquecem qualquer chance de mudança no curto prazo.

  • Mais repressão na Caxemira

É provável que o governo indiano amplie o controle sobre a região da Caxemira, com mais presença militar, leis de segurança e censura. Isso pode gerar revoltas locais e aumentar o apoio a grupos separatistas — criando um ciclo perigoso.

  • Pressão internacional pontual

A menos que haja uma escalada grave (como um novo ataque ou guerra), é pouco provável que potências como EUA, China ou ONU consigam forçar negociações sérias. O mundo já viu o conflito como “congelado” e prioriza crises mais recentes (como Ucrânia ou Gaza).

  • Ameaça nuclear latente

Embora improvável, a possibilidade de conflito nuclear nunca desaparece totalmente. É o fator que mantém o mundo atento: mesmo um erro de cálculo pode ser fatal.

Enquanto isso, qualquer avanço depende de diálogo real — algo ainda distante das lideranças atuais.

Por que isso importa para você?

Você pode até nunca ter pensado na Caxemira, mas a história entre Índia e Paquistão diz muito sobre como conflitos se arrastam quando não se resolve o que está no centro: identidade, pertencimento, justiça.

Esse embate não é só sobre fronteiras: é sobre como religiões viram bandeira de guerra, como governos usam o medo para se manter no poder, e como o trauma coletivo pode atravessar gerações.

A tensão entre Índia e Paquistão também mostra o quanto as guerras do século XXI não são feitas apenas com tanques — mas com narrativas, bloqueios econômicos, políticas internas e o silêncio internacional. O mundo segue em frente, mas milhões de pessoas vivem todos os dias sob vigilância, censura e ameaça de morte — sem que isso vire trending topic.

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