Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!
QUERO APROVEITAR 🤙Operação Resgate de Metas: 63% OFF no 12Min Premium!
Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!
Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN:
Editora: 12min
Índia e Paquistão são dois países vizinhos que nasceram da mesma história — mas vivem em lados opostos de uma das rivalidades mais tensas do mundo. Desde 1947, eles disputam a região da Caxemira, já travaram três guerras, mantêm exércitos nas fronteiras e possuem armas nucleares apontadas um para o outro. O conflito mistura política, religião, território e identidade nacional. E apesar de parecer distante, ele afeta a segurança global — e pode impactar até o seu dia a dia.
A origem do conflito remonta ao fim do domínio britânico no subcontinente indiano, em 1947. A região era composta por centenas de reinos e territórios sob controle britânico direto ou indireto. Quando a independência foi concedida, o Reino Unido dividiu a colônia em dois países: Índia (de maioria hindu) e Paquistão (criado para abrigar a população muçulmana).
Essa partilha foi feita de forma apressada e violenta. Milhões de pessoas tiveram que cruzar fronteiras de um dia para o outro — hindus fugindo do Paquistão, muçulmanos fugindo da Índia. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas morreram nesse processo.
A Caxemira, uma região montanhosa e estratégica ao norte da Índia, ficou no meio do caminho. Seu governante era hindu, mas a maioria da população era muçulmana. Ele decidiu se unir à Índia — o que foi rejeitado pelo Paquistão. Isso deu início à primeira guerra entre os dois países.
Desde então, a Caxemira se tornou o principal ponto de tensão. Houve outras guerras (1965, 1971, 1999), e hoje a região é dividida entre os dois países por uma linha de controle militarizada. A Índia controla dois terços do território e o Paquistão, o restante.
A mídia internacional acompanha o tema de perto, principalmente quando há atentados, manifestações ou movimentações militares. Mas fora dos picos de crise, o assunto costuma sair do radar — apesar de o risco real de conflito nuclear sempre existir.
O conflito entre Índia e Paquistão envolve muito mais do que os dois governos. Ao longo das décadas, novos atores entraram em cena — incluindo exércitos, grupos separatistas, organizações religiosas, e até potências internacionais.
É a maior democracia do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes. O governo indiano considera a Caxemira parte “inalienável” do país. Nos últimos anos, o primeiro-ministro Narendra Modi, do partido nacionalista hindu BJP, tem adotado uma postura cada vez mais rígida em relação à região, incluindo a revogação do status de autonomia da Caxemira indiana em 2019 — o que gerou protestos internacionais.
Criado como um Estado para muçulmanos, o Paquistão vê a Caxemira como parte de sua identidade nacional. O exército paquistanês tem grande influência política no país e considera a disputa um ponto de honra. O governo frequentemente denuncia violações de direitos humanos por parte da Índia na Caxemira.
Índia e Paquistão mantêm centenas de milhares de soldados estacionados na região da fronteira. Escaramuças e tiroteios são frequentes, mesmo fora de períodos de guerra aberta.
Na Caxemira indiana, existem movimentos separatistas que querem a independência da região — ou sua união ao Paquistão. Alguns grupos são apoiados direta ou indiretamente por Islamabad. A Índia acusa o Paquistão de patrocinar o terrorismo; o Paquistão nega.
EUA, China e Rússia acompanham o conflito com atenção. Nenhum desses países quer uma guerra no sul da Ásia — especialmente entre dois Estados com armas nucleares.
Na prática, o conflito entre Índia e Paquistão funciona como uma guerra congelada, mas com pontos de fervura frequentes. Os dois países não reconhecem oficialmente a soberania um do outro sobre a Caxemira e mantêm tropas armadas até os dentes ao longo da “Linha de Controle” — a fronteira militarizada que divide a região.
Quase todos os anos há trocas de tiros, explosões e denúncias de violações. Em 2019, por exemplo, um atentado suicida matou 40 soldados indianos na Caxemira. A Índia acusou um grupo paquistanês pelo ataque e respondeu com bombardeios dentro do território do Paquistão — o que quase gerou uma guerra aberta.
A complexidade aumenta porque ambos os países possuem armas nucleares — e já deixaram claro que não hesitariam em usá-las, se considerassem sua soberania ameaçada. É uma disputa onde o risco nunca zera.
Como em quase todos os conflitos prolongados, o confronto entre Índia e Paquistão tem poucos vencedores e muitos perdedores — especialmente entre a população civil.
Quem perde:
Quem ganha:
No fim, a guerra fria entre Índia e Paquistão serve a quem lucra com o medo — mas isola, empobrece e traumatiza quem vive nas bordas da disputa.
Mesmo parecendo um conflito regional, a tensão entre Índia e Paquistão tem consequências globais — e sim, isso pode afetar direta ou indiretamente o Brasil também.
Os dois países possuem arsenais nucleares. Um confronto mais intenso, com uso dessas armas, teria efeitos catastróficos — tanto humanitários quanto ambientais. Seria a maior ameaça nuclear desde a Guerra Fria. Por isso, a ONU e grandes potências acompanham de perto cada nova escalada.
Índia e Paquistão ocupam posições estratégicas na Ásia. A Índia é um dos maiores polos de tecnologia do mundo, além de parceiro comercial crescente do Brasil. Qualquer instabilidade afeta investimentos, cadeias de produção e acordos multilaterais. O Paquistão, por sua vez, é aliado próximo da China — outro fator que tensiona o cenário global.
Em caso de guerra, milhões de pessoas poderiam ser deslocadas, pressionando vizinhos como Afeganistão, Irã, Bangladesh — e afetando rotas migratórias até a Europa. Isso geraria novas ondas de instabilidade internacional, fome e aumento da xenofobia.
Embora o conflito entre Índia e Paquistão esteja longe de uma solução definitiva, há cenários possíveis — tanto positivos quanto preocupantes.
O cenário mais provável é a continuidade de uma “paz armada”: ambos os países evitam guerra aberta, mas mantêm tensões constantes na fronteira. Tiros esporádicos, acusações mútuas e protestos na Caxemira devem continuar, sem resolução duradoura.
Na Índia, o governo de Narendra Modi deve manter sua linha dura. As eleições de 2024 consolidaram o discurso nacionalista hindu como força dominante. No Paquistão, crises políticas e instabilidade interna enfraquecem qualquer chance de mudança no curto prazo.
É provável que o governo indiano amplie o controle sobre a região da Caxemira, com mais presença militar, leis de segurança e censura. Isso pode gerar revoltas locais e aumentar o apoio a grupos separatistas — criando um ciclo perigoso.
A menos que haja uma escalada grave (como um novo ataque ou guerra), é pouco provável que potências como EUA, China ou ONU consigam forçar negociações sérias. O mundo já viu o conflito como “congelado” e prioriza crises mais recentes (como Ucrânia ou Gaza).
Embora improvável, a possibilidade de conflito nuclear nunca desaparece totalmente. É o fator que mantém o mundo atento: mesmo um erro de cálculo pode ser fatal.
Enquanto isso, qualquer avanço depende de diálogo real — algo ainda distante das lideranças atuais.
Você pode até nunca ter pensado na Caxemira, mas a história entre Índia e Paquistão diz muito sobre como conflitos se arrastam quando não se resolve o que está no centro: identidade, pertencimento, justiça.
Esse embate não é só sobre fronteiras: é sobre como religiões viram bandeira de guerra, como governos usam o medo para se manter no poder, e como o trauma coletivo pode atravessar gerações.
A tensão entre Índia e Paquistão também mostra o quanto as guerras do século XXI não são feitas apenas com tanques — mas com narrativas, bloqueios econômicos, políticas internas e o silêncio internacional. O mundo segue em frente, mas milhões de pessoas vivem todos os dias sob vigilância, censura e ameaça de morte — sem que isso vire trending topic.
Ao se cadastrar, você ganhará um passe livre de 7 dias grátis para aproveitar tudo que o 12min tem a oferecer.
Agora o 12min também produz conteúdos próprios. 12min Originals é a ferram... (Leia mais)
De usuários já transformaram sua forma de se desenvolver
Média de avaliações na AppStore e no Google Play
Dos usuários do 12min melhoraram seu hábito de leitura
Cresca exponencialmente com o acesso a ideias poderosas de mais de 2.500 microbooks de não ficção.
Comece a aproveitar toda a biblioteca que o 12min tem a oferecer.
Não se preocupe, enviaremos um lembrete avisando que sua trial está finalizando.
O período de testes acaba aqui.
Aproveite o acesso ilimitado por 7 dias. Use nosso app e continue investindo em você mesmo por menos de R$14,92 por mês, ou apenas cancele antes do fim dos 7 dias e você não será cobrado.
Inicie seu teste gratuitoAgora você pode! Inicie um teste grátis e tenha acesso ao conhecimento dos maiores best-sellers de não ficção.