Eu achava que isso só acontecia comigo - Resenha crítica - Brené Brown
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Eu achava que isso só acontecia comigo - resenha crítica

Eu achava que isso só acontecia comigo Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Desenvolvimento Pessoal

Este microbook é uma resenha crítica da obra: I thought it was just me

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-431-0712-7

Editora: Editora Sextante

Resenha crítica

Compreender a vergonha

O sentimento de vergonha está diretamente vinculado ao medo. Somos programados, como seres humanos, a nos conectar cognitiva, social, emocional e biologicamente. Para muitas pessoas, existe uma necessidade de conexões espirituais.

De acordo com Brown, a vergonha está relacionada ao medo de vivenciar a desconexão. Assim que experimentamos a vergonha, sobrevém o receio de sermos considerados inadequados ou ridículos.

Tememos haver revelado ou exposto algum aspecto de nós que ameace o merecimento de nossa aceitação social. Esse amedrontamento é fortalecido quando nos sentimos, de alguma forma, encurralados pela vergonha e pressionados por uma impossível proporção de opções e expectativas.

Temos uma absurda quantidade de responsabilidades despejadas sobre nós. Muitas delas não são realistas ou, sequer, viáveis. Dispomos, em segundo lugar, de um número limitado de alternativas para atender a essas expectativas.

Para facilitar a compreensão desse sentimento, a nossa autora utiliza uma metáfora muito apropriada: a “teia da vergonha”. Um bom exemplo da consolidação desse emaranhado pode ser encontrado na relação que estabelecemos com a nossa imagem corporal.

Por mais que estejamos cientes da existência de distúrbios alimentares e da manipulação midiática, esse problema não parece melhorar. Afinal, a vergonha pode ser descrita como uma experiência ou um sentimento intensamente doloroso.

Ela nos leva a crer que somos inadequados e, consequentemente, indignos de acolhimento ou de aceitação.

As mulheres, principalmente, tendem a experimentar a vergonha ao se verem emaranhadas em uma teia composta por múltiplas camadas, cada qual com expectativas sociais antagônicas e conflitantes. Vale destacar que o resultado são os sentimentos deletérios de desconexão, recriminação e medo.

Superação

Como superar a vergonha? O que você pode fazer para fugir das armadilhas tecidas pela sua teia? Infelizmente, não há fórmulas prontas para erradicar esse sentimento da sua vida.

No entanto, a autora indica um caminho: as conexões com os outros é crucial. Por outro lado, as desconexões conduzem à vergonha e sempre serão uma ameaça.

Porém, a boa notícia é que todos somos aptos a desenvolver a resiliência necessária para fazer frente à vergonha. Para Brown, essa resiliência é a capacidade de reconhecer os sentimentos vergonhosos assim que os vivenciamos.

Trata-se, ademais, de passar por eles de um modo construtivo, que nos possibilite manter nossa autenticidade e crescer com cada experiência. Ao longo desse processo, você deve se esforçar por construir relacionamentos mais significativos e fortes com as pessoas.

Em termos práticos, compreendemos a vergonha mediante descrições e definições, não é mesmo? Então, o mesmo deve ser feito com a resiliência. Para concretizar esse objetivo, a empatia deve ser exercida tanto quanto possível.

O poder da empatia

Para que a verdadeira empatia se manifeste, é preciso mais do que palavras: ela exige esforço. Dessa forma, ser empático não se resume a saber quais são as frases certas a dizer para alguém que vivencie a vergonha.

As nossas palavras, para serem eficientes, dependem da nossa capacidade de nos colocarmos genuinamente envolvidos e presentes enquanto o outro relata a sua história.

Brown define a empatia como a habilidade ou o talento de recorrer às próprias experiências, visando se conectar com o conteúdo das histórias alheias. Outra definição aprovada pela nossa autora é a de Mary Ivey, Paul Pederson e Arn Ivey.

Estes conceituam a empatia como habilidade de perceber uma determinada situação desde a perspectiva do outro. Sentir, ouvir e ver o mundo singular de seu interlocutor. Similarmente, a empatia é uma habilidade que se pode (e se deve) adquirir, pois não é uma qualidade intuitiva ou inata.

Agora que chegamos na metade da leitura vamos conhecer alguns dos elementos cruciais para a superação dos sentimentos que geram a vergonha, tais como o reconhecimento de seus gatilhos, a importância da resiliência e a necessidade de criarmos uma cultura de conexão.

Reconhecer os gatilhos da vergonha

De uma maneira um tanto paradoxal, o nosso corpo tende a reagir à sensação de vergonha antes da mente consciente. Muitos consideram estranho quando a autora, em suas pesquisas, indaga como e onde a vergonha é fisicamente sentida.

Todavia, para grande parte dos indivíduos, esse sentimento é tanto emocional quanto físico. Por isso, Brown o descreve como “emoção de contato integral”. Por exemplo, as mulheres apresentam diferentes reações físicas, dentre as quais, destacam-se: tremores, ondas de calor no peito e no rosto, náuseas e indisposição estomacal.

Se conseguirmos identificar as reações físicas, teremos maiores possibilidades de limitar a sensação de impotência que sucede às situações de vergonha. Ao sabermos de que maneira somos afetados, teremos uma ferramenta essencial para a resiliência.

Vale lembrar que sentimos vergonha antes de pensarmos a seu respeito. Nesse sentido, reconhecê-la permite encontrarmos o espaço necessário para que processemos a experiência e obtenhamos algum nível de clareza antes de agirmos.

Compreender e reconhecer nossos gatilhos não é algo que façamos por instinto. Conforme mencionado, trata-se de um processo consciente. Não obstante, somos influenciados por estereótipos e mensagens transmitidas pela nossa família.

Além disso, vivemos em um mundo com membros da comunidade, amigos, colegas e parceiros, onde as revistas e a televisão estabelecem expectativas e definem, incessantemente, o que é aceitável ou não.

Com isso, a autora não desconsidera a função primordial que todos esses fatores exercem em nossa vida. Antes, suas pesquisas apontaram que as feridas infligidas na infância são as que realmente preparam o cenário para os nossos maiores conflitos com a vergonha.

Sejam quais forem os fatores preponderantes em cada caso específico, reconhecer esses gatilhos equivale ao reconhecimento de nossas vulnerabilidades. Isso nos traz força.

Teoria da resiliência à vergonha

Brown disponibiliza aos leitores um conjunto de diretrizes sobre a maneira como a vergonha pode afetar, em especial, as mulheres. A experiência diametralmente oposta é a da empatia.

Ela demanda a prática da conexão, da compaixão e da coragem comum. Uma vez que não é possível ser absolutamente resistente à vergonha, a autora propõe o desenvolvimento da resiliência.

O seu nível de resiliência a esse sentimento será determinado pelas habilidades e competências articuladas de reconhecer os seus gatilhos específicos, a sua consciência crítica, a disposição de buscar o auxílio de outras pessoas e, ainda, a sua abertura em falar sobre o assunto.

A posição da mulher resiliente é, na prática, uma soma de sua capacidade de reconhecer essa emoção ao experimentá-la. Entender os gatilhos que a acionam permitirá reconhecer melhor o sentimento e, assim, buscar o apoio necessário à sua superação.

Caso você não saiba definir quais são as suas vulnerabilidades, tenderá a depositar suas esperanças em métodos que são pouco (ou nada) eficientes para lhe proteger das dores causadas pela vergonha.

Esses mecanismos, chamados por Brown de “cortinas da vergonha”, podem ser ultrapassados ao praticar a consciência crítica em graus gradualmente elevados de resiliência.

A consciência poderá ajudar-lhe a normalizar, contextualizar e desmistificar as suas experiências com o sentimento de vergonha. A ausência desses fatores pode resultar na patologização, na individualização e, sobretudo, no endosso dessas vivências profundamente prejudiciais à sua sanidade mental e física.

As mulheres que procuram o apoio de outras e, desse modo, praticam a sororidade dessa vivência, têm níveis superiores de resiliência e, em consequência, se fortalecem continuamente.

A busca por apoio faz com que as histórias sejam compartilhadas – elemento central na efetivação de qualquer mudança positiva (tanto individual quanto coletivamente). Quando esse apoio não é procurado, o resultado imediato é a separação e o isolamento.

Tais quadros apenas agravam mais uma situação que, por si só, já é complexa e dolorosa. As vastas pesquisas realizadas pela autora, durante anos, demonstraram que falar da vergonha dota as mulheres das ferramentas indispensáveis para uma correta e saudável expressão de sentimentos.

Ainda mais importante: quando não há diálogos, o que ocorre, nesse caso, à maioria das mulheres? Elas nunca solicitam o que precisam e frequentemente se trancam ou passam por explosões emocionais que só levam ao constrangimento e a mais dores.

Criar uma cultura de conexão

A sensação de vergonha começa em nossas casas. Felizmente, o mesmo ocorre com a resiliência. Como pais e mães, podemos criar filhos conectados, compassivos e corajosos. Podemos escolher aprender quais são as ferramentas imprescindíveis para criá-los sem utilizar a vergonha. 

É possível, ainda, ensinar-lhes habilidades de empatia. Entretanto, como você poderá imaginar, antes de servir de exemplo ou transmitir esses conhecimentos, é necessário entender o papel exercido pela vergonha em nossas vidas.

Tenha em mente que praticar a resiliência em todos os nossos relacionamentos é de grande utilidade para a criação de filhos. Nesse processo, depositamos nosso amor-próprio no modo como somos vistos como mães e pais e, também, na maneira pela qual os nossos filhos e filhas são vistos.

Precisamos combater várias identidades indesejáveis, pois não queremos ser considerados maus pais e, tampouco, que nossos filhos sejam tidos por crianças ruins – sejam quais forem os ambientes nos quais eles convivem.

A autora reconhece a dificuldade inerente em desenvolver resiliência à vergonha, mas afirma com segurança que o esforço vale a pena. Assim que começarmos a praticar a conexão, a compaixão e a coragem, como pais, ajudaremos nossos filhos a lidarem com realidades cada vez mais complexas.

Em outras palavras, podemos não ser capazes de controlar tudo o que ocorre com eles em seus grupos de amigos ou na escola. Mas, ao ensinarmos a serem resilientes à vergonha, contribuiremos para que reconheçam esse sentimento, lidem com isso de forma construtiva e se aprimorem com a experiência.

Compreenda que os pais podem servir de exemplo e ensinar a desconexão, a recriminação e o medo. Às vezes, os nossos filhos apreendem esses sentimentos negativos porque utilizamos a vergonha em sua criação.

Para evitar isso, concentre-se nos comportamentos desejados, em vez de atacar quem os filhos são e, assim, os depreciar. Não se esqueça: jamais ameace seu filho com alguma forma de desconexão ou o ridicularize diante dos outros.

Notas finais

Cumpre ressaltar, ao final, um dos conceitos mais importantes da presente obra: a conexão. Com efeito, somos todos programados para nos conectarmos. Essa característica está impressa em nosso DNA.

Como bebês, a nossa necessidade é a da pura sobrevivência. Porém, ao crescermos, a conexão significa progredir dos pontos de vista intelectual, espiritual, físico e emocional.

Logo, esse é um elemento crucial: temos a necessidade elementar de sermos aceitos, de nos sentirmos parte de um grupo e obter reconhecimento pelo que somos. A autora acredita na possibilidade da criação de uma cultura baseada nas diferentes escolhas de cada indivíduo.

Essas mudanças não requerem nenhuma forma de heroísmo. Para atingir o nível de conexão necessário para a edificação de uma vida feliz e plena de significado basta praticarmos a coragem comum. 

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Quem escreveu o livro?

Dra. Brené Brown é uma professora de pesquisa na Universidade de Houston Graduate College of Work. Ela passou os últimos treze anos estudando a vulnerabilidade, coragem, dignidade e vergonha do ser humano. Brené é autora de dois dos livros mais vendidos do New York Times. Brene é também o fundadora e CEO da The Way Daring - Uma organização que traz o seu trabal... (Leia mais)

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