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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
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Editora: 12min
Imagine um comediante que interpretava um presidente na televisão e, anos depois, se torna o verdadeiro líder de seu país em meio a uma guerra devastadora.
Essa é a história de Volodymyr Zelensky, o homem que passou dos palcos para o centro do palco mundial, enfrentando uma das maiores crises geopolíticas do século XXI.
Zelensky não apenas surpreendeu ao vencer as eleições presidenciais da Ucrânia em 2019 com uma campanha anti-establishment, mas também ao se tornar o rosto da resistência ucraniana contra a invasão russa iniciada em 2022.
Sua liderança durante a guerra o transformou de uma figura cômica em um símbolo de coragem e determinação para muitos ao redor do mundo.
Neste microbook, exploraremos a trajetória de Zelensky: sua infância, carreira artística, ascensão política, desafios enfrentados durante a guerra e o impacto de suas ações no cenário global. Prepare-se para conhecer a história de um líder improvável que se tornou um dos personagens mais influentes da atualidade.
Volodymyr Zelensky nasceu em 25 de janeiro de 1978, em Kryvyi Rih, uma cidade industrial no sul da Ucrânia — região marcada por mineração e siderurgia. Filho de pais judeus soviéticos, cresceu em uma família de classe média com forte valorização pela educação. Seu pai era professor de cibernética e sua mãe engenheira, o que lhe proporcionou acesso a uma formação sólida e disciplinada. Durante a infância, viveu por quatro anos na Mongólia, onde seu pai trabalhou como consultor universitário, experiência que ampliou sua visão de mundo e reforçou sua adaptabilidade desde cedo.
Zelensky falava russo como primeira língua, o que o ajudaria futuramente a se comunicar com grande parte da população ucraniana e russa, além de aprender ucraniano e inglês. Apesar de ter se formado em Direito pela Universidade Nacional de Economia de Kyiv, nunca atuou como advogado. Desde jovem, era apaixonado por teatro, humor e performance. Em 1997, fundou o grupo de comédia Kvartal 95, que se tornaria uma das produtoras mais influentes da Ucrânia, conhecida por sua crítica política e sagacidade social.
Seu papel mais emblemático foi o de Vasyl Holoborodko, na série “Servant of the People” — personagem que anteciparia, de forma quase profética, sua trajetória real como presidente.
A entrada de Zelensky na política foi tão inusitada quanto estratégica. Em 31 de dezembro de 2018, enquanto milhões de ucranianos assistiam aos tradicionais discursos de Ano Novo dos políticos, um canal popular transmitiu uma mensagem diferente: Zelensky, já conhecido nacionalmente por sua atuação na série “Servant of the People”, anunciou sua candidatura à presidência. O partido criado para essa jornada, também chamado "Servant of the People", simbolizava a ruptura com a velha política. Seu apelo não era apenas humorístico, mas profundamente emocional: ele falava como alguém de fora do sistema, cansado dos privilégios da elite e comprometido com uma Ucrânia mais justa.
Sua campanha se destacou pela linguagem simples, direta e digital-first. Enquanto seus oponentes dependiam da mídia tradicional, debates políticos e comícios, Zelensky apostou em lives, vídeos curtos e postagens virais. Ele se apresentou como alguém comum, com empatia pelo povo e sem histórico de escândalos — uma figura limpa em meio à lama da corrupção institucionalizada. Esse contraste foi decisivo para mobilizar jovens, céticos e desiludidos.
Ao conquistar 73% dos votos no segundo turno das eleições presidenciais de 2019, Zelensky deu um recado claro ao mundo: a política tradicional estava em xeque. Mas junto com a vitória, veio o peso da responsabilidade — e a dúvida: um comediante estaria pronto para governar um país à beira de conflitos internos e ameaças externas?
O maior ponto de virada da presidência de Zelensky aconteceu em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão em larga escala contra a Ucrânia. Nesse momento, muitos líderes políticos ao redor do mundo esperavam que Zelensky deixasse Kyiv — como fizeram presidentes em crises semelhantes. Mas ele fez o oposto. Recusou ofertas de evacuação dos Estados Unidos e respondeu com a frase que rapidamente se tornou símbolo de sua liderança: “Eu preciso de munição, não de carona.”
Sua decisão de permanecer no país foi uma escolha pessoal e política, que moldou a percepção global da guerra. Em vídeos gravados com o celular, usando roupas militares simples, Zelensky apareceu ao lado de seus ministros caminhando por Kyiv à noite. Essas imagens transmitiram uma mensagem poderosa: o presidente estava junto com seu povo, literalmente no front da resistência.
Esses atos simbólicos foram acompanhados de ações estratégicas. Ele coordenou pedidos urgentes de ajuda internacional, realizou discursos históricos em parlamentos como o dos EUA, Reino Unido e União Europeia, e conseguiu garantir apoio militar e humanitário contínuo. Internamente, reorganizou o sistema de defesa, descentralizou decisões operacionais e nomeou líderes militares com autonomia.
Zelensky não apenas sobreviveu ao maior teste de sua vida — ele o transformou em sua afirmação como estadista global.
Zelensky não é um político tradicional — e isso se reflete em seu estilo de liderança. Sua formação como ator o ensinou algo que muitos líderes ignoram: a importância da narrativa. Ele entende que liderar não é apenas tomar decisões, mas também dar sentido a elas publicamente. Por isso, seu governo é marcado por uma comunicação clara, emocional e altamente visual. Seus discursos são curtos, diretos, recheados de metáforas e pensados para viralizar, não apenas informar. Durante a guerra, cada mensagem sua parecia cuidadosamente desenhada para manter o moral interno e pressionar aliados externos.
Ao mesmo tempo, ele combina empatia com firmeza. Recusou negociar com a Rússia enquanto o país ainda estava sob ataque — uma decisão controversa, mas alinhada com sua defesa intransigente da soberania nacional. Essa postura lhe rendeu respeito global, mas também cobranças por parte de quem esperava soluções diplomáticas mais rápidas.
Internamente, seu governo tenta equilibrar reforma com estabilidade. Ele promoveu medidas anticorrupção, como a digitalização de serviços públicos e a substituição de cargos-chave, mas enfrenta resistência de elites políticas e empresariais. Zelensky também mostrou habilidade em formar alianças, mesmo com líderes de ideologias distintas, o que exige tato, escuta e estratégia.
Seu modo de decidir é pragmático, mas com senso de urgência. Ele consulta conselheiros militares e civis, mas também é conhecido por confiar em sua intuição — principalmente em momentos de crise. Em suma, Zelensky governa como alguém que sabe que está vivendo a história em tempo real — e quer escrever seu nome nela com coragem e coerência.
O objetivo central de Volodymyr Zelensky sempre foi claro: consolidar uma Ucrânia independente, democrática e alinhada ao Ocidente. Mas isso vai muito além de uma questão geopolítica. Para ele, a guerra contra a Rússia não é só por território — é uma batalha simbólica entre dois modelos de sociedade: um autoritário, baseado em repressão e nostalgia imperial, e outro baseado em liberdade, transparência e soberania popular.
Zelensky quer romper de forma definitiva com o legado soviético que ainda paira sobre as instituições ucranianas. Combater a corrupção, nesse sentido, não é apenas uma promessa de campanha, mas uma base para modernizar o Estado e atrair investimentos estrangeiros. Seu governo já implementou uma série de medidas para digitalizar processos, reduzir burocracias e aumentar a transparência — como a plataforma Diia, que permite acesso a serviços públicos por aplicativo.
Outro pilar da sua visão é a reconstrução do país com foco em inovação. Mesmo em meio à guerra, Zelensky tem feito encontros com empresas de tecnologia, discutido planos de revitalização de cidades e buscado transformar a Ucrânia em um hub digital do Leste Europeu.
Além disso, ele deseja garantir dignidade e oportunidades aos ucranianos que permanecem e aos que foram forçados ao exílio. Para Zelensky, reconstruir a Ucrânia é também restaurar o senso de identidade e esperança coletiva — mostrando que resistir não é o fim, mas o começo de algo maior.
Zelensky ultrapassou as fronteiras da política nacional e se tornou um símbolo internacional — não apenas da resistência ucraniana, mas da luta pela democracia em tempos de retrocesso. Sua importância no cenário global se deve à combinação de três fatores: sua coragem pública, sua capacidade de articulação diplomática e o contexto geopolítico explosivo em que atua.
Desde o início da guerra, Zelensky moldou a percepção internacional do conflito como algo que vai além da Ucrânia. Em seus discursos a parlamentos e fóruns internacionais, ele enfatiza que a invasão russa é um ataque não apenas a um país, mas aos princípios fundamentais de soberania, autodeterminação e paz mundial. Sua retórica ressoa especialmente em democracias ocidentais, onde há um receio crescente do avanço de regimes autoritários.
Além disso, Zelensky ajudou a redefinir o papel de um líder em tempos de crise. Ele apareceu de moletom em eventos oficiais, falou por videoconferência do front e usou sua imagem como forma de conexão direta com a opinião pública global. Essa quebra de protocolo reforçou sua autenticidade e o afastou da figura clássica de estadista distante. O mundo não viu apenas um presidente, mas um homem disposto a morrer pelo seu país.
A influência de Zelensky também afeta decisões práticas: ele foi peça-chave para mobilizar bilhões em ajuda militar e humanitária, influenciar a entrada da Ucrânia como candidata à União Europeia e pressionar por sanções que redesenharam a economia global.
Hoje, Zelensky representa um teste vivo para a comunidade internacional: até onde estamos dispostos a ir para defender valores como liberdade, justiça e soberania?
Mesmo em meio ao caos da guerra, Zelensky nunca deixou de falar em futuro — e esse futuro tem contornos claros. Ele visualiza uma Ucrânia completamente integrada à União Europeia, com uma democracia sólida, instituições fortes e uma economia baseada em tecnologia, inovação e energia limpa. Mas mais do que uma meta política, essa visão é também uma resposta simbólica: um recado ao povo ucraniano de que há vida após o conflito, e um recado à Rússia de que o país não será mais seu satélite.
Para atingir esse horizonte, Zelensky sabe que precisa mais do que reconstruir infraestruturas físicas — precisa reconstruir confiança. Entre os pilares do seu plano estão: educação de qualidade com foco em pensamento crítico, reformas estruturais anticorrupção, descentralização do poder político, incentivo à iniciativa privada e criação de zonas econômicas especiais para atrair investimentos internacionais.
Ele também enfatiza a valorização da cultura ucraniana. Durante a guerra, foi comum ver iniciativas para resgatar a língua, o cinema, a literatura e os símbolos nacionais — uma estratégia clara de fortalecimento da identidade frente à tentativa russa de apagamento cultural.
Na política externa, o futuro sonhado por Zelensky envolve garantias de segurança permanentes, participação ativa em fóruns internacionais e parcerias estratégicas com democracias liberais. Ele quer que a Ucrânia deixe de ser vista como zona de conflito e passe a ser reconhecida como player de relevância global.
Mais do que um plano técnico, essa visão funciona como norte moral: um compromisso com as futuras gerações de que o sacrifício vivido hoje servirá para algo duradouro — um país livre, digno e finalmente em paz.
O futuro político de Volodymyr Zelensky está profundamente entrelaçado ao destino da própria Ucrânia. Se conseguir conduzir o país à vitória ou a uma paz digna, mantendo sua soberania e integridade territorial, Zelensky poderá entrar para a história como um dos grandes líderes do século XXI — comparável a figuras como Churchill, Mandela ou Roosevelt em momentos de crise existencial nacional. Mas esse caminho está longe de ser simples.
A guerra prolongada impõe enormes desafios: desgaste interno, pressões econômicas, incertezas diplomáticas e risco de fadiga no apoio internacional. Zelensky também terá que enfrentar o difícil processo de reconstrução física, institucional e psicológica de um país devastado. Isso exigirá uma liderança mais técnica, paciente e conciliadora — bem diferente do perfil heroico e bélico que o projetou até aqui.
Além disso, há o desafio político doméstico. Zelensky foi eleito para uma plataforma de renovação e anticorrupção, mas a guerra forçou centralizações de poder e suspensões de garantias democráticas. Quando a normalidade voltar, ele precisará provar que sabe devolver o poder à sociedade civil e ao Parlamento — sem cair na tentação autoritária que acometeu outros líderes em tempos de crise.
Fora da Ucrânia, seu prestígio pode levá-lo a ocupar cargos em organizações internacionais ou liderar iniciativas de paz e reconstrução global. Mas tudo dependerá de como ele fecha este capítulo. Zelensky já redefiniu o que significa ser um presidente em guerra. Resta saber se também conseguirá ser um presidente de reconstrução e reconciliação.
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