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Editora: 12min
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal cobrado em transações como câmbio, crédito, seguros e investimentos. Ele serve para duas finalidades principais: arrecadação de recursos para os cofres públicos e regulação da economia. Em termos práticos, o governo pode ajustar o IOF para estimular ou conter o consumo, controlar o fluxo de capital estrangeiro e manter a estabilidade do sistema financeiro.
Na prática, o IOF funciona como um “freio de mão” que o governo puxa ou solta conforme o momento econômico. Se há excesso de crédito, pode-se aumentar o imposto para frear a tomada de empréstimos. Se o dólar está disparando, o governo pode subir o IOF sobre remessas ao exterior para evitar fuga de capital.
É um imposto que pode ser alterado a qualquer momento via decreto presidencial — ou seja, não precisa passar pelo Congresso, o que o torna uma ferramenta rápida (e controversa) de ajuste fiscal.
A discussão sobre aumentar o IOF não surgiu do nada. Desde 2023, o governo federal tem enfrentado dificuldades para atingir suas metas fiscais e equilibrar o orçamento. Parte dessas dificuldades vem da necessidade de manter isenções em outras áreas — como a desoneração da folha de pagamento para setores intensivos em mão de obra — e da lentidão na aprovação de uma reforma tributária ampla no Congresso.
O IOF virou uma saída técnica e política: por ser regulado por decreto, não precisa de aval dos parlamentares. Isso o torna um instrumento poderoso (mas também criticado) para cobrir déficits pontuais.
Em maio de 2025, o governo anunciou um novo aumento do IOF sobre operações de câmbio, especialmente em remessas de pessoas físicas ao exterior. A medida foi publicada no Diário Oficial e passou a valer imediatamente, o que causou forte reação em mercados, empresas e consumidores.
Segundo o Ministério da Fazenda, o objetivo é arrecadar mais e conter a saída de dólares do país, o que pressiona o câmbio. Além disso, o aumento serviria para compensar a renúncia fiscal de outras medidas econômicas. Mas analistas apontam que o movimento contradiz promessas feitas em acordos internacionais — como o compromisso de zerar o IOF cambial até 2029 para aderir à OCDE.
Segundo o Ministério da Fazenda, o aumento do IOF sobre operações de câmbio é uma decisão técnica e temporária, voltada a dois objetivos principais:
A equipe econômica afirma que o uso do IOF é previsto por lei, permite reação rápida sem travas legislativas e não invalida o compromisso do país com a reforma tributária ou com a OCDE. Para o governo, é uma medida de equilíbrio transitório, adotada enquanto se avança em soluções mais estruturais — como a revisão de benefícios fiscais e novas fontes de receita progressiva.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, tem reforçado que a alternativa ao aumento do IOF seria cortar gastos sociais ou ampliar ainda mais o déficit, o que, na visão do governo, teria efeitos mais danosos no curto prazo. O Executivo também sinaliza que a política cambial precisa acompanhar o cenário internacional e proteger a economia de volatilidades externas.
Em seguida, o parágrafo com "Outras visões sobre a medida" pode ser mantido, ajustando o tom para evitar enviesamento. Exemplo:
Apesar da justificativa do governo, a medida também recebeu críticas de setores do mercado e da oposição. Alguns economistas apontam que aumentos repentinos de impostos, mesmo que legais, podem transmitir sinais de instabilidade ao investidor internacional. Já parlamentares questionam o uso recorrente de decretos para alterar a carga tributária, alegando falta de debate público.
Outros especialistas, porém, reconhecem que a situação fiscal brasileira exige soluções de curto prazo e que, sem aumento de impostos, poderia haver cortes em áreas sensíveis, como saúde e educação.
O aumento do IOF foi liderado pelo Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad. Sua equipe técnica avaliou que, diante da dificuldade em aprovar novas fontes de receita no Congresso, seria mais viável usar um instrumento já disponível. A Receita Federal e o Tesouro Nacional também participaram da decisão.
O Banco Central tem papel mais indireto, mas não irrelevante. Ele monitora o impacto das mudanças sobre o fluxo cambial, inflação e política monetária. Qualquer interferência nas taxas de câmbio e nos custos de transações internacionais entra no radar do BC.
Do lado do setor privado, bancos, fintechs, corretoras de câmbio, plataformas de investimento e empresas com operações internacionais estão entre os mais afetados. Muitas já emitiram alertas aos clientes sobre o aumento dos custos e revisaram suas previsões para o segundo semestre.
O aumento anunciado em 2025 alterou as seguintes alíquotas:
Ou seja, uma pessoa que transfere R$ 10.000 para um curso em Portugal, por exemplo, pagaria R$ 220 de IOF — o dobro do valor anterior. Se for para investir esse mesmo valor em ações nos EUA, pagará R$ 110, contra R$ 38 antes da mudança.
Além disso, ainda permanece em 4,38% o IOF sobre compras internacionais com cartão de crédito — uma das alíquotas mais altas do mundo. O governo não aumentou essa taxa agora, mas há especulação de que possa haver reajuste no futuro, como forma de padronizar as cobranças.
Outro ponto importante: o IOF incide sobre o valor total da operação, incluindo tarifas e taxas bancárias. Isso significa que, mesmo com uma pequena alíquota, o impacto final pode ser maior do que o previsto, especialmente para quem faz muitas transações.
O aumento do IOF pode ter um efeito de curto prazo positivo para o governo, mas tende a gerar desconfiança no médio e longo prazo. No mercado internacional, mudanças repentinas em impostos reforçam a imagem de instabilidade e imprevisibilidade do sistema tributário brasileiro.
Essa percepção afasta investimentos e afeta a competitividade do país. No caso do IOF, o problema é ainda mais delicado: o Brasil assinou um acordo com a OCDE para zerar gradualmente o IOF sobre câmbio até 2029. A medida anunciada em 2025 vai na contramão desse compromisso.
Países com economias mais abertas tendem a tributar menos as operações de câmbio, justamente para facilitar a integração com o mercado global. Ao aumentar esse imposto, o Brasil se afasta dessas práticas e pode perder espaço no cenário de investimentos globais.
No contexto latino-americano, países como Chile, Colômbia e México vêm reduzindo barreiras para atrair capital estrangeiro. O movimento brasileiro pode ser um retrocesso competitivo.
A tendência é que o aumento do IOF permaneça em vigor até que novas fontes de arrecadação sejam aprovadas. Isso pode incluir taxação de grandes fortunas, revisão de subsídios ou simplificação tributária. Até lá, o governo deve seguir usando o IOF como ferramenta de ajuste rápido.
Associações do setor educacional e de tecnologia já estudam questionar judicialmente a medida, alegando falta de razoabilidade e impacto negativo em setores estratégicos. A judicialização pode travar os efeitos do decreto em alguns casos.
No Congresso, há movimentos para derrubar a medida ou ao menos forçar o governo a apresentar um plano mais amplo de transição fiscal. Deputados e senadores da oposição usam o tema como bandeira contra a política econômica de Haddad.
Do lado das reformas, a pressão aumenta para que a nova fase da reforma tributária inclua dispositivos que limitem o uso arbitrário do IOF e tragam mais transparência para mudanças fiscais.
Porque o IOF parece distante, mas pesa direto no seu bolso. Ele está embutido na fatura do seu cartão quando você compra algo no AliExpress, no boleto do intercâmbio do seu filho, na mensalidade do curso online da sua irmã, ou no investimento que você tentou fazer em dólar.
Ele também escancara uma questão maior: o custo da improvisação fiscal. Quando o governo opta por mexer em impostos de forma pontual para tapar buracos, ele transfere a conta para quem está tentando estudar, empreender ou se conectar com o mundo.
Mais do que um número na tabela, o IOF revela o modelo de país que estamos construindo: um Brasil que tributa quem investe, quem aprende e quem quer crescer além das fronteiras. Entender esse imposto é um passo para cobrar um sistema mais justo, transparente e sustentável.
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