A very stable genius - Resenha crítica - Philip Rucker
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A very stable genius - resenha crítica

A very stable genius Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Sociedade & Política

Este microbook é uma resenha crítica da obra: A very stable genius

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-1-5266-0907-6

Editora: Penguin Books

Resenha crítica

Fundamentos jornalísticos

A presente obra ancora-se em reportagens dos autores publicados em grandes meios de comunicação. Outras importantes bases para a sua construção são os documentos analisados pelo autor e as centenas de entrevistas com pessoas próximas à administração Donald Trump.

Com efeito, Rucker e Leonnig cobriram a presidência de Trump e integraram a equipe de repórteres do “The Washington Post” que, conforme mencionado, foi agraciada com o Prêmio Pulitzer em 2017. A honraria deveu-se, em grande medida, às análises e revelações jornalísticas acerca da interferência russa nas eleições de 2016.

Dessa forma, o livro abrange desde as eleições de 2016, passando pela posse em 2017, até os primeiros dias do processo de impeachment em 2019 e 2020. A maioria dos eventos descritos é familiar aos ouvintes que se habituaram a ler reportagens do “The Washington Post”, “The New York Times” e outras importantes fontes de notícias sobre o governo norte-americano.

As qualidades mesquinhas

As reportagens de Rucker e Leonnig esclarecem as qualidades mesquinhas e, frequentemente, vingativa, do pensamento do presidente. Entre os principais exemplos, é possível destacar:

  • Quando o presidente demitiu o ex-diretor do FBI, James Comey, convocou o fotógrafo oficial da Casa Branca para registrar para a posteridade sua assinatura da carta de demissão;
  • Quando soube que Robert Mueller havia sido nomeado para investigar ele e sua campanha, Trump reagiu explosivamente, atacando o procurador-geral da República Jeff Sessions: “A culpa é sua. Você é fraco. Isto é tudo culpa sua”;
  • Ao se encontrar, no Pentágono, com o secretário de Defesa James Mattis em uma sala repleta de comandantes militares das mais altas patentes, Trump (chamado pelos autores de “notório trapaceiro”) os chamou de “bando de narcóticos e bebês”, além de dirigir-lhe um insulto quase definitivo: “Eu não entraria em uma guerra ao lado de vocês”.

O estilo grosseiro de Trump

Em muitos casos, os autores fornecem detalhes e minúcias sobre eventos abordados, geralmente, de modo mais amplo pelos noticiários. Por exemplo, após conversar com a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, e o conselheiro de segurança nacional H.R. McMaster (ambos rivais do Secretário de Estado), Trump decidiu finalmente despedir Rex Tillerson.

Trump ordenou que seu chefe de gabinete, John Kelly, desse a notícia a Tillerson por meio de um telefone para o Quênia, às 2h da madrugada de um sábado. O secretário estava visitando 5 nações africanas tentando desfazer os danos causados quando o presidente as chamou de “países de merda”.

Governando pelo Twitter

Trump e alguns de seus funcionários adoeceram devido a alguma enfermidade de origem alimentar, porém, esperava-se que eles estivessem recuperados em poucos dias. Tillerson argumento com Kelly, afirmando que havia três reuniões agendadas para ele que, assim, concordou em retornar ao trabalho antes do previsto.

No entanto, Kelly ligou novamente às 2 horas da madrugada de domingo e disse que Tillerson precisava retornar na segunda-feira de manhã. Kelly explicou que o presidente desejava demitir seu alto funcionário via tweet e que ele, Kelly, estava “pisando em ovos” para que essa medida pudesse ser tomada de alguma outra maneira.

Tillerson disse que seu recall sinalizaria ao mundo sobre um colapso no governo dos Estados Unidos. Ainda assim, ele regressou a Washington às 16h de segunda-feira e, depois, foi para sua casa, a fim de dormir por algumas horas. Às 8:44 da manhã, o presidente twittou que Mike Pompeo seria o novo Secretário de Estado e que Gina Haspel sucederia Pompeo como diretora da CIA.

O tweet previa que Pompeo, segundo o presidente, faria “um trabalho fantástico! Obrigado a Rex Tillerson por seus serviços!” Trump aproveitou a ocasião para enaltecer o fato de que Haspel seria a primeira mulher a chefiar a Cia. O tweet terminou com um singelo: “Parabéns a todos!”

A estratégia autocrática de Trump

O subsecretário de Estado de Diplomacia Pública e Assuntos Públicos, Steve Goldstein, em reunião via Skype com funcionários estadunidenses na África, teve que interromper essa conexão e vir a público quando soube do tweet da manhã.

Ele transmitiu ao departamento uma mensagem de Tillerson, terminando com a garantia de que “o serviço público é um chamado nobre e não deve ser lamentado”. Pouco tempo depois, um agente do escritório de pessoal da Casa Branca chegou e informou Goldstein que “o presidente o dispensou de seus deveres”.

Logo, Trump telefonou para Tillerson do “Air Force One”, aeronave especialmente desenvolvida para transportar os presidentes estadunidenses, a caminho de um evento para arrecadar fundos na Califórnia. O tom adotado por Trump foi o de quem se comunica com um velho amigo.

Não obstante, Trump jamais explicou os motivos que o levaram a demitir Tillerson, excetuando a ocasião em que mencionou que eles tinham diferentes mentalidades. Enquanto isso, alguns dos principais assessores de Trump execravam Tillerson na imprensa.

O chefe de gabinete Kelly, após tudo isso, sentiu-se derrotado. Afinal, ele lutou muito para proteger o trabalho de Tillerson e temia o resultado da destruição que Trump provocaria em sua reputação. “As forças das trevas venceram hoje”, disse ele a alguns assessores. O que Trump disse a Tillerson, este respondeu apenas: “Sim, senhor”.

Tais incidentes ocorreram regularmente durante os três primeiros anos de Trump na presidência. Em 2019, ele se sentia invencível, podendo exercer os vastos poderes inerentes a seu cargo em busca de ganhos pessoais e políticos. Quando finalmente desafiado, ele se vitimizou, afirmando ser vítima de uma conspiração.

Como Rucker e Leonnig afirmam, essa tem sido a estratégia de outros líderes autoritários pelo mundo: criar um culto à vitimização para se apegar ao poder e justificar suas agendas agressivas.

Os homens e a lei

Os autores encerram a obra com uma citação de William Galtson, pesquisador da Brookings Institution, segundo a qual, o presidente “parece estar deliberadamente desafiando o sistema político a detê-lo e, se isso não acontecer, ele irá além.”

E continua: “a Constituição não é um mecanismo que funciona por si só. Em última análise, temos um governo dos homens e não das leis, pois, estas não terão forças sem pessoas dispostas a aplicá-las”. Em fevereiro de 2020, o Senado dos Estados Unidos não possuía uma maioria disposta a fazê-lo. Esta obra ajuda a explicar como isso aconteceu.

Notas finais

Em 2016, o Colégio Eleitoral não escolheu um gênio muito estável para ser o presidente, mas um egoísta e egocêntrico que o próprio Tillerson chamou de “idiota” que, ainda por cima, se orgulha da própria ignorância.

A possível ampla circulação desse livro, que esboça um retrato condenador das falhas pessoais de Trump, impactará sua candidatura à reeleição? Os eleitores estadunidenses se importarão? Se as respostas forem negativas, os cidadãos dos Estados Unidos terão de conviver mais quatro anos com um presidente cujo governo é perturbadoramente distópico.

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Quem escreveu o livro?

Carol Leonnig é repórter investigativa do célebre periódico “The Washingto... (Leia mais)

Philip Rucker é o chefe da sucursal responsável por cobrir as notícias da Casa Branca, no jornal "... (Leia mais)

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