A Segunda Guerra Mundial - Resenha crítica - Martin Gilbert
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A Segunda Guerra Mundial - resenha crítica

A Segunda Guerra Mundial Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
História & Filosofia

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Second World War

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9788577344666

Editora: Casa da Palavra

Resenha crítica

Expansionismo e militarismo: as duas faces do nazismo

A análise do autor o leva a atribuir ao militarismo e a ao expansionismo da Alemanha nazista a responsabilidade pela eclosão da Segunda Grande Guerra. Tal postura germânica era um reflexo direto da ideologia do Partido de Hitler, que havia chegado ao poder em 1933.

O sucesso de suas estratégias de propaganda devia-se, em grande medida, à insatisfação sentida por uma parcela radicalizada da sociedade e profundamente insatisfeita com os desfechos da Primeira Guerra Mundial.

Consolidou-se, na Alemanha, a ideia de que a derrota militar havia sido profundamente injusta – sentimento coletivo fortemente agravado pelo vexatório “Tratado de Versalhes”, que:

  • proibia o país de ter aviões e navios de guerra;
  • limitava a quantidade de soldados;
  • obrigava a nação a pagar altas indenizações às potências vitoriosas;
  • impunha a perda de suas colônias.

Durante a chamada “República de Weimar” (na conturbada década de 1920), os alemães encararam sucessivas crises econômicas que, por fim, levaram o país à bancarrota.

A própria crise de 1929 teve um papel decisivo nesse contexto, à medida que reforçava a decadência da democracia liberal e estimulava o surgimento de movimentos autoritários e fascistas por toda a Europa.

Adolf Hitler, líder inconteste do partido nazista, lançou um programa de recuperação econômica, doutrinação política dos cidadãos e perseguição encarniçada às minorias.

Com a economia recuperada, a Alemanha centrou esforços em seu rearmamento, em claro desafio às diretrizes do Tratado de Versalhes. Ingleses e franceses nada fizeram, à medida que receavam que um novo desafio ao governo alemão levasse a Europa, novamente, à guerra.

Enquanto Hitler expandia suas forças militares, novos territórios passavam ao seu domínio. O objetivo central era a construção do “lebensraum” (espaço vital, em tradução livre).

Tratava-se, basicamente, na formação de um império alemão nos territórios que haviam sido historicamente ocupados pelos povos germânicos. Este seria o “Terceiro Reich”, exclusivamente dedicado aos arianos (adjetivo que sintetizava os ideais de pureza genética e biológica), que sobreviveria a partir da exploração dos povos eslavos.

Para cumprir o afã expansionista, foi realizada a invasão e, posteriormente, a anexação da Áustria (1938). O interesse de anexação dos Sudetos (região da antiga Checoslováquia) foi manifestado em 1939. Após uma série de negociações lideradas por franceses e ingleses, os alemães obtiveram a autorização necessária para anexar esse território.

A atenção dos nazistas voltou-se, por fim, para a Polônia – país que surgiu após a Primeira Guerra Mundial em regiões que, antes, pertenciam a russos e alemães. A invasão deste país, porém, não foi aceita por britânicos e franceses, uma vez que ficara acordado, na Conferência de Munique, que as ambições de Hitler se encerrariam na Checoslováquia.

O chefe nazista, contudo, não esperava que ingleses e franceses reagissem aos seus movimentos belicistas. Desse modo, decidiu invadir a Polônia usando como justificativa um ataque polonês às suas fronteiras (que, depois, descobriu-se ter sido forjado pelos próprios nazistas).

No dia 3 de setembro, franceses e britânicos responderam às agressões germânicas contra a nação polonesa com uma declaração formal de guerra, dando início, oficialmente, à Segunda Guerra Mundial.

Mundo dividido

Dezenas de países se envolveram na Segunda Guerra Mundial. O autor os agrupa em dois grandes grupos:

  • Eixo: liderado por Alemanha, Japão e Itália;
  • Aliados: Estados Unidos, União Soviética, França e Reino Unido eram os principais membros.

Com o desenrolar dos conflitos, várias nações tomaram partido e, assim, uniram-se a um dos lados em luta. Entre os Aliados, por exemplo, estiveram a Holanda, a China, a Austrália, o Brasil, o Canadá, entre outros. Países como Croácia, Romênia e Hungria, por sua vez, optaram pelo Eixo.

Gilbert destaca o colaboracionismo com os nazistas em diversos países nos quais seus soldados pisaram, bem como importantes demonstrações de resistência. Um bom exemplo de colaboracionismo com nazistas pode ser encontrado nas ações do norueguês Vidkun Quisling.

Ele foi o responsável por organizar um plano de invasão do seu próprio país em aliança com os alemães. Entre os símbolos de resistência, nosso autor destaca, os partisans (guerrilheiros) bielorrussos que articularam forças militares em suas florestas, atuando em sabotagens que enfraqueciam e atrasavam os avanços das tropas hitleristas.

Como o autor prima pela narrativa cronológica, é imprescindível compreendermos os três grandes períodos que se desenrolaram entre 1939 e 1945:

1939 a 1941: a supremacia do Eixo

Tornaram-se notórios, nessa fase, a utilização da blitzkrieg com a conquista de inúmeros locais pelas tropas alemãs. Ademais, no continente asiático, os soldados japoneses conseguiram avançar por uma série de regiões controladas por holandeses, franceses e britânicos.

1942 a 1943: as forças se equilibram

Os Aliados conseguiram, nesse período, se recuperar razoavelmente bem, tanto na Europa quanto na Ásia, equilibrando forças com os nazistas. Esses anos ficaram marcados pela indefinição de quem sairia vencedor do conflito.

1944 a 1945: Eixo derrotado

A partir de 1944, o Eixo entrou em decadência. Com a Itália sendo invadida e seu líder, o fascista Mussolini deposto, os japoneses e os alemães experimentaram sucessivas derrotas até que ambas as nações entraram em colapso.

Agora que chegamos à metade da leitura, chegou a hora de conhecermos um pouco mais sobre dois elementos marcantes da Segunda Guerra Mundial e, também, o contexto geopolítico de seu encerramento.

Blitzkrieg

A Segunda Guerra foi iniciada, conforme mencionado, com a invasão da Polônia pelos alemães. Desse momento em diante, o exército nazista utilizaria uma tática de destaque: a blitzkrieg (ou “guerra-relâmpago”, em tradução livre).

Nessa tática, a infantaria e a artilharia coordenavam ataques diretos às linhas adversárias com o intuito de abri-las. Com esse primeiro objetivo conquistado, os blindados e a infantaria faziam movimentações rápidas para penetrar as brechas abertas.

Operação Barbarossa

Em 1941, todavia, quase todos os contemporâneos consideravam os alemães invencíveis, principalmente, quando organizaram um de seus mais audaciosos planos: a Operação Barbarossa. A meta era coordenar uma invasão do maior adversário dos nazistas: os bolcheviques russos.

Até esse momento, a Alemanha e a União Soviética mantinha um tratado de paz, concordando – mediante pacto de não-agressão assinado por ambos os chefes de Estado (Hitler e Stalin) – que seus termos deveriam durar por, pelo menos, dez anos.

Não obstante, a União Soviética foi invadida em 22 de junho daquele mesmo ano. Os alemães planejavam secretamente obter o controle total do imenso país em apenas dois meses.

O retumbante fracasso nazista que se seguiu, no entanto, destruiu qualquer possibilidade de cumprirem seus desejos. Afinal, a Alemanha não contava com os recursos necessários para sustentar uma guerra de longo prazo contra os russos.

As escaramuças ocorridas na cidade de Stalingrado foram duríssimas, estendendo-se até 1943. A batalha pelo controle dessa localidade resultou na morte de cerca de dois milhões de pessoas.

As tropas germânicas foram, enfim, empurradas para fora de Stalingrado e, impedidas de recuar por ordem de Hitler, foram cercadas pelo Exército Vermelho. Foi, justamente, a partir desse ponto, que a economia, a indústria e o exército alemão iniciaram seu colapso.

Em outra frente de batalha, as tropas aliadas desembarcaram na Sicília, dando início à reconquista da Itália, obrigando os nazistas a reforçarem suas defesas no norte do país.

Estadunidenses e ingleses lideraram, em 6 de junho de 1944, o desembarque de suas tropas (movimento que entrou para a história como o “Dia D”). A operação integrava os planos para a reconquista da França (que estava sob ocupação alemã há 4 anos).

Foram mobilizados, no dia D, por volta de 160 mil soldados, distribuídos em desembarques realizados em 5 diferentes praias da Normandia. No fim do ano de 1944, a situação alemã era, para dizer o mínimo, desesperadora.

No começo de 1945, os nazistas acumularam uma sequência avassaladora de derrotas em todos os fronts. 

Fim da Segunda Guerra Mundial

O conflito final foi travado em Berlim, capital da Alemanha, onde a resistência dos nazistas foi organizada sob uma situação tão inusitada que havia tropas formadas por crianças e idosos.

O ataque foi efetuado pelos soviéticos e, após as tropas russas adentrarem no Parlamento alemão (Reichstag), Hitler e Eva Braun (sua esposa) suicidaram-se. O comando do país foi, então, transmitido a Karl Dönitz. A rendição oficial viria no dia 8 de maio do ano de 1945.

No front asiático, contudo, a guerra não foi encerrada antes do mês de setembro, quando o Japão assinou uma rendição incondicional aos Estados Unidos – resultado direto das bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Nagasaki e Hiroshima.

Notas finais

Como você sabe, o mundo passou, depois da Segunda Guerra, por transformações radicais e, logo após o encerramento das hostilidades, o cenário que marcaria o mundo pelas décadas posteriores já vinha sendo delineado: a bipolarização do mundo mediante o período histórico convencionalmente chamado de “Guerra Fria”. Mas, esta é outra história.

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Quem escreveu o livro?

Martin Gilbert, o autor desse livro, é um historiador britânico, um dos principais de sua geração. Especialista nos conflitos da primeira e da segunda guerra, ele é autor da Bibliogra... (Leia mais)

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