A montanha mágica - Resenha crítica - Thomas Mann
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A montanha mágica - resenha crítica

A montanha mágica Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Ficção

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Der Zauberberg

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-8535928204

Editora: Companhia das Letras

Resenha crítica

Um livro sem enredo?

Muita gente aponta A montanha mágica como um livro sem enredo. Quando o protagonista Hans Cartop decide visitar o primo Joachim Ziemssem num sanatório em Davos, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, começa uma história de muitas camadas.

Por mais que ele vá àquele lugar apenas para uma visita, Hans percebe ter sinais de tuberculose. Tudo acontece aos poucos, gradativamente. Sua estadia naquele lugar passa a durar meses, anos. A saída é adiada muitas vezes.

Com o passar do tempo, Hans se afasta da vida na planície, como os doentes do sanatório se referem ao mundo fora do confinamento. Hans se desliga do tempo, da carreira profissional, das relações familiares e vai ficando cada vez mais introspectivo. Passa a refletir sobre coisas para as quais nunca tinha dado atenção antes daqueles anos no sanatório. 

Ele amadurece aos poucos e tem mais contato com temas como política, arte, cultura, religião, filosofia, fragilidade humana, além do amor e da subjetividade do tempo. Com tudo isso, dá pra dizer que essa obra gigantesca não tem enredo?

O sanatório como microcosmo europeu

Um dos grandes méritos do livro é ter no sanatório uma espécie de microcosmo da Europa. São muitos os personagens com quem Hans interage no decorrer da narrativa. Cada um deles transmite mensagens e pensamentos que propõem reflexões ao protagonista, e também ao leitor.

Os personagens ali expostos representam as correntes de pensamentos fortes na Europa no período anterior à Primeira Guerra Mundial. Dois bons exemplos são Lodovico, um humanista, e Leo, um totalitário. Os dois formam uma grande metáfora da disputa entre ideias liberais e conservadoras. Há também pacientes hedonistas, desenvolvendo romances que representam muitos de nós, desconexos com outros temas. 

A passagem de tempo se torna subjetiva porque, embora narrada de maneira cronológica, a história se acelera conforme as páginas vão avançando. Assim, o primeiro ano de Hans no sanatório está disposto nos cinco primeiros capítulos de maneira detalhada. Os outros seis anos, monótonos e caídos na rotina, estão ao fim da narrativa. 

Afinal, não parece que, às vezes, o tempo passa mais rápido ou mais devagar, conforme nosso estado de espírito?

A Grande Guerra como personagem

Chegamos à metade deste microbook e vamos falar um pouco da relação de A montanha mágica com o primeiro grande conflito do século passado. O início da Primeira Guerra Mundial aparece nas últimas páginas do livro. Hans vai lutar no front de batalha e não é descartada sua morte por lá. O curioso é que mesmo com o amadurecimento do protagonista, não fica claro se a formação individual nos tempos de sanatório se deu por completo.

Na última cena do livro, Hans está anônimo entre milhares de soldados que morreriam em um dos conflitos da Primeira Guerra. Por isso, entender o contexto da publicação da obra é fundamental para medir o tamanho do impacto que Thomas Mann deu com sua obra-prima.

Um pouco de contexto

A montanha mágica começou a ser escrito pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial e seu autor, Thomas Mann, o interrompeu durante a guerra. 

E isso foi fundamental para o caráter reflexivo do livro. Afinal, durante a Grande Guerra, o autor mergulhou em profundas avaliações da sociedade burguesa da época, bem como tudo o que levou a tanta destruição entre os anos de 1914 e 1918. 

Thomas Mann foi apoiador da Primeira Guerra Mundial, mas se opôs à Segunda, sendo um feroz crítico da posição da própria Alemanha, onde nasceu. 

Ao fim da Primeira Guerra, o escritor achou necessário rever radicalmente alguns pontos do romance. A doença, a morte e o isolamento precisavam dividir espaço para uma análise filosófica, sociológica e artística que levou a humanidade àquele conflito. 

As novas ideias e filosofias deram confusão, no que se convencionou chamar da guerra para terminar todas as guerras. Anos depois, vimos que elas não terminaram, com a explosão da sanguinária Segunda Guerra Mundial. 

A montanha mágica é um verdadeiro tratado do comportamento e conflitos humanos que nos fazem guerrear, ainda que sem sentido.  

Notas finais 

Enquanto você ouvia esse microbook, o tempo passou. Mais rápido, mais devagar, ou como sempre? Essa percepção dos dias, meses e anos é muito bem explorada em A montanha mágica. Além disso, as razões que levam povos a guerrear estão plenamente expostas em uma história de confinamento como metáfora. Leitura fundamental para dias de gente confinada, rotinas agitadas e acirramento de ânimos. 

Dica do 12’

Obras-primas da literatura mundial merecem nossa atenção, não é mesmo? Quando elas são escritas por um brasileiro, mais ainda. Por isso, ouça o microbook Grande sertão: veredas, que resume os principais pontos do livro escrito por João Guimarães Rosa e que revolucionou a literatura brasileira. 

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Quem escreveu o livro?

A obra foi escrita por Thomas Mann, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1929... (Leia mais)

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