A mente por trás da música - Resenha crítica - Erick Rosário
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A mente por trás da música - resenha crítica

A mente por trás da música Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Psicologia

Este microbook é uma resenha crítica da obra: A mente por trás da música

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9781698905501

Editora: Erick Bittencourt Rosário

Resenha crítica

Funções terapêuticas da música

O autor inicia a presente obra introduzindo os leitores aos efeitos da música sobre o cortisol. Esse hormônio – que é produzido por glândulas suprarrenais (posicionadas acima dos rins) – tem a função de auxiliar o organismo no controle do stress e na redução de inflamações, contribuindo para o funcionamento correto do sistema imunológico e na manutenção de níveis adequados de pressão arterial e açúcar no sangue.

No sangue, os níveis de cortisol tendem a variar ao longo do dia, uma vez que se relacionam com a serotonina e a atividade diária, sendo responsável pelas sensações de bem-estar e de prazer.

Dessa forma, os níveis de cortisol, de modo geral, são mais elevados durante a manhã, quando acordamos – indo de 8,6 a 22 µg/dL. A seguir, vão diminuindo com o passar do dia, até atingir valores inferiores a 10 µg/dL. Nos indivíduos que trabalham durante a noite, esses níveis se invertem.

Entre os sintomas originados pela elevação de cortisol no sangue, destacam-se o aumento de peso, a redução de testosterona, as perdas de massa muscular. Com efeito, pode indicar, ainda, a existência de problemas, tais como a chamada “Síndrome de Cushing”.

Vale destacar que essa Síndrome consiste em uma enfermidade provocada, justamente, pela alta concentração do hormônio cortisol no corpo, também conhecido como “hormônio do estresse”.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), na atualidade, cerca de 90 mil indivíduos convivem diariamente com essa doença. Por sua vez, o cortisol baixo pode causar sintomas de fraqueza, cansaço depressão ou ser um indicativo de certos problemas de saúde.

Certamente, algumas doenças, como a de Addison (ou “insuficiência adrenal primária") e a insuficiência adrenocortical crônica são bons exemplos de endocrinopatias que, além de serem potencialmente fatais, são caracterizadas pela insuficiência na produção, pelas glândulas adrenais, de hormônios esteroides.

Enquanto tais enfermidades devam ser evitadas a qualquer custo, é realmente animador saber que a música, por si só, é capaz de equilibrar os níveis de cortisol, não é mesmo?

Rosário fundamenta sua argumentação a partir dos estudos realizados na Universidade de McGill, na qual os cientistas comprovaram que tocar ou ouvir músicas são atividades que reduzem o cortisol (hormônio do estresse) e aumenta significativamente os níveis da oxitocina, vinculada ao bem-estar.

Processos Passivos

Os processos passivos são aqueles que ocorrem involuntariamente no cérebro. Segundo a mestre em neuropsicologia Aurilene Guerra, o processamento de uma música tem início a partir da penetração de vibrações sonoras no ouvido interno.

Seja como for, essa entrada provoca o movimento das células ciliares, variando segundo as frequências das ondas recebidas. A saber, esses estímulos nervosos continuam sua jornada pelos nervos auditivos até o lobo temporal, onde ocorra a sensopercepção musical.

Salvo em situações patológicas que prejudiquem o funcionamento do lobo temporal, é nessa fase que ritmo, timbre e altura são decodificados pelo cérebro. Acima de tudo, nesse processo, o lobo temporal efetua uma ligação com o hipocampo.

Em outras palavras, o hipocampo é uma área ligada à amígdala, ao cerebelo e à memória, regiões que integram o “cérebro primitivo”, regulando os aspectos emocionais e motores do indivíduo. 

Por conseguinte, o hipocampo engloba, ainda um núcleo relativamente pequeno de massa cinzenta que, por seu turno, está diretamente relacionada às sensações de bem-estar que experimentamos ao ouvir uma boa música.

Bem como o hipocampo é a área que armazena as memórias de curto prazo, estas podem ser descartadas ou, até mesmo, tornarem-se memórias de longo prazo. Caso o cérebro as exercite, elas passam a ser armazenadas no córtex pré-frontal.

Essa ligação entre a música e o hipocampo está vinculada às lembranças e emoções advindas de experiências ruins ou boas. É provável que as preferências musicais surjam, também, de acontecimentos que levem o indivíduo a associar determinado ritmo às suas próprias emoções e lembranças.

 O armazenamento das memórias de longo prazo é realizado pelo córtex pré-frontal, logo, ao escutarmos uma música, os sons e a letra ficam ali armazenados. De tal forma que, mais tarde, ao ouvirmos novamente uma mesma música, somos capazes de nos recordar dos sons e da letra (no todo ou em partes).

Processos Ativos

Os processos ativos resultam de exposições passivas. Portanto, são apenas processos emocionais que resultam do árduo trabalho cerebral – inteiramente efetuado em alguns milésimos de segundo.

Afinal, o fenômeno pode ser descrito como as nossas reações, pois, os processos ativos não são tão mecânicos quanto os passivos. Depois que eles são “ativados”, é necessária uma alta dose de investimento libidinal, isto é, deve haver descarga de energia que tenha um direcionamento específico.

Dito de forma simples, os processos passivos são involuntários. Principalmente, os processos ativos, por seu turno, são adjetivados dessa forma porque os elementos emocionais da psique respondem a um estímulo externo.

A ação da música sobre o inconsciente

Em segundo lugar, o fazer musical enseja uma questão absolutamente fundamental: a comunicabilidade. A princípio, é natural que surja a questão: o que a música efetivamente comunica?

Para o autor, desde os anos de 1950, muitos psicólogos buscaram compreender o poder das músicas, comparando, com esse intuito, a fala com a apreciação musical. Por fim, tanto para entender o discurso quanto para compreender a música é imprescindível a capacidade de detecção sonora.

Assim, o córtex auditivo é, atualmente, reconhecido como o responsável pelos processamentos de elementos musicais mais básicos, tais como o volume e a frequência das notas (altura).

Logo que os paradigmas científicos foram alterados, as áreas auditivas vizinhas (ou secundárias) passaram a ser concebidas como capazes de “digerirem” os padrões musicais complexos, como ritmo e harmonia.

Entretanto, tanto a linguagem quanto a música contêm uma certa gramática que as classifica em componentes menores – acordes e palavras, frases feitas de resolução, tensão e prosódia (as linhas melodiosas da fala).

Enfim, a música pode excitar regiões cerebrais responsáveis pela produção de linguagem e entendimento, englobando as áreas de Wernicke e de Broca, ambas localizadas na superfície do cérebro, no hemisfério esquerdo.

Analogamente, a sintaxe musical (por exemplo, a ordem dos acordes em uma determinada frase) pode levar ao surgimento de mecanismos relacionados ao entendimento e à organização gramatical.

Porém, os tons são capazes de “recrutar” outros sistemas cerebrais, sobretudo, os que regem as emoções como tristeza, alegria e medo. Às vezes, danos à amígdala podem prejudicar a capacidade de um indivíduo sentir tristeza e temor em resposta a uma música.

Josh McDermott, cientista da Universidade de New York, sustenta que existe grandes possibilidades de que as músicas sejam, apenas, efeitos colaterais de sistemas que evoluíram devido a outros motivos.

Só que a ativação causada pelas músicas em diferentes circuitos neurais produz efeitos extremamente intensos. Ou por outra, em vez de simplificar um diálogo semântico (assim como faz a linguagem), as melodias mediam comunicações emotivas.

Provavelmente, quando os compositores escrevem suas obras ou criam algo mais voltado aos ritmos acelerados, revelam não apenas seus estados emocionais, mas, também, provocam nos ouvintes as mesmas sensações.

Com o fim de perceber que a música é capaz de conduzir aqueles que a escutam a todos os tipos de emoções, não é necessário realizar muitas pesquisas, uma vez que nós mesmos já nos emocionamos com alguma canção.

Gestalt e a música

A Gestalt é uma teoria psicológica amplamente difundida segundo a qual os fenômenos da mente devem ser concebidos como totalidades articuladas, indivisíveis e organizadas, ou seja, como configurações.

Max Wertheimer, um de seus principais expoentes, provou empiricamente que distintas formas de configurações perceptivas são captadas de modo organizado e com diferentes significados, variando de acordo com as características inerentes à cada pessoa.

Como se trata de um paradigma bastante conhecido, os exemplos utilizados para explicar como a psicologia da forma atua sobre a mente já se tornaram familiares a muitas pessoas, como o Vaso de Rubin e o Cubo de Necker.

Por causa da forma pela qual o nosso cérebro decodifica os elementos que recebe do mundo exterior, a Gestalt evidencia que o todo é, com toda a certeza, maior do que a soma de suas partes constituintes.

De tal sorte que a música é bem mais do que alguns riffs de guitarra, acordes no teclado, pratos e tambores de bateria, harmonia e melodia vocal. Assim, a música é isso, mas não só: ela está presente em nossa mente como símbolo de algo diferente de seus elementos tomados particularmente.

Rosário utiliza fenômenos visuais como exemplos, a fim de explicitar o fato de que as funções auditivas possuem o mesmo tipo de estrutura perceptiva. Outrossim, o que ocorre no cérebro não deve ser considerado idêntico ao que ocorre em nossa retina.

Inegavelmente, a excitação que acontece no cérebro, quando se expõe a imagens ou músicas desse tipo, não ocorre em pontos isolados, mas, antes, por extensão. Isto é, as primeiras sensações já são as de formas, de itens já unificados.

Notas finais

Cumpre ressaltar, por fim, que a música é relevante em diversas áreas de nossas vidas. Por analogia, utilizamos músicas para relaxar, meditar, músicas agitadas para dançar ou mais tranquilas para ambientar um jantar a dois.

Há, inclusive, tratamentos médicos que utilizam a música, como a musicoterapia. Essa terapia, inclusive, trata desde as disfunções motoras (com ritmo) até questões emocionais dos pacientes (com melodias e harmonias). Logo, a as funções terapêuticas da música são mais extensas do que podem parecer, à primeira vista.

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