A cor da liberdade - Resenha crítica - Nelson Mandela
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A cor da liberdade - resenha crítica

A cor da liberdade Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Sociedade & Política e Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: A cor da liberdade: Os anos de presidência

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-8537817704

Editora: Zahar

Resenha crítica

As memórias de Mandela 

Longa caminhada até a liberdade foi um verdadeiro best-seller em pouco após o lançamento. E Nelson Mandela planejava lançar outro conjunto de memórias, relatando um pouco dos bastidores de seu mandato presidencial na África do Sul. Mas, não teve tempo.

Mandela foi o primeiro presidente democrático em seu país, por isso tinha ciência da importância de registrar em livro os desafios de unificar uma nação havia pouco tempo apresentada aos valores da liberdade. Afinal, foram séculos de colonialismo e apartheid, em cinco anos seria muito difícil resolver problemas seculares. 

Sua principal meta durante a presidência era garantir que todos os cidadãos sul-africanos fossem iguais perante a lei e a democracia fosse plenamente funcional. 

A tarefa de concluir essas memórias foi dada ao escritor sul-africano Mandla Langa, que usou de rascunhos inacabados e notas detalhadas escritas por Mandela no calor dos acontecimentos, junto com um material de arquivo inédito. 

Mandela em algumas frases

“A verdade é que ainda não somos livres; alcançamos apenas a liberdade de sermos livres, o direito de não sermos oprimidos. Demos não o passo final de nossa jornada, mas o primeiro numa estrada mais longa e ainda mais difícil. Pois, ser livre não é apenas se desvencilhar dos grilhões, mas viver de uma maneira que respeite e fortaleça a liberdade dos outros. O verdadeiro teste de nossa dedicação à liberdade está apenas começando.” - Nelson Mandela;

“Nelson Mandela escolheu a esperança em vez do medo – o progresso em vez das prisões do passado. Mesmo já sendo uma lenda, conhecer o homem significa respeitá-lo ainda mais.” -  Barack Obama;

“Um ser humano raro, que, ao se livrar de seus demônios, também se tornou livre para dar sua extraordinária liderança ao seu país e ao mundo.” - Bill Clinton;

“Esse relato dos anos de Mandela no poder, compilados de suas próprias anotações, revela por que ele era insubstituível.” - The Guardian.

O CNA

Para entender um pouco da política sul-africana, é necessário conhecer o CNA. 

A sigla para Congresso Nacional Africano, em inglês African National Congress, o ANC, indica um movimento e partido político fundado em 1912, em Bloemfontein. 

Sua proposta de reivindicar direitos para a população negra fez foi o que atraiu figuras como Nelson Mandela, seu nome mais famoso e influente desde a fundação. 

Foi com o apoio do CNA que Mandela conseguiu seu mandato presidencial entre os anos de 1994 e 1999, ainda que resistisse, a princípio, à ideia de exercer o cargo de máximo poder no seu país. 

A saída da prisão

Nelson Mandela saiu da prisão em 11 de fevereiro de 1990. E pela porta da frente, depois de 27 anos detido. 

Inicialmente, Mandela ficou detido em Robben Island, sendo transferido posteriormente para as prisões de Pollsmoor e Victor Verster, de onde saiu com dignidade e cabeça erguida. Sua captura e condenação no ano de 1962 era uma nítida perseguição política por sua luta contra o regime que discriminava pessoas negras na África do Sul, o apartheid. 

Nos últimos anos detido, Mandela chegou a lutar contra uma tuberculose que quase lhe custou a vida, enquanto buscava a liberdade e era visto pelo mundo como símbolo da paz. 

Ao sair da cadeia, ele deu de cara com um país precisando desesperadamente de soluções de antigos problemas, que causaram danos incalculáveis na África do Sul. Mandela tinha uma do que o esperava por se manter informado por meio de jornais na cadeia. Mesmo detido, o fluxo de informações que chegava a ele fez com que não ficasse alheio ao mundo lá fora. 

Foi por meio deles que acompanhou, com ânimo e esperança, as negociações entre governo e CNA, negociando sua liberdade por cinco anos. Inicialmente, o governo queria sua transferência para Joanesburgo, o que ele recusou.

Quis ser libertado ali, na prisão de Victor Verster, saindo pela porta da frente, tornando sua imagem ainda maior perante a população. 

Negociando a democracia

A saída de Mandela da prisão foi transmitida ao vivo pelas principais redes de televisão locais. Dois anos antes, cerca de 600 milhões de pessoas ao redor do mundo acompanharam um show transmitido para 67 países, no qual se comemorava o aniversário de 70 anos do líder sul-africano, que ainda estava detido.

Havia uma nova e nascente África do Sul ganhando espaço, muito diferente da que Mandela conheceu em sua juventude. Ele queria fazer parte daquilo. E ao ser libertado, foi conduzido até a praça Grand Parade, na Cidade do Cabo, onde seu discurso sobre paz e no longo caminho que o país deveria percorrer até a democracia foi ouvido por milhares de pessoas. 

Seu partido não desistia das negociações com o governo, que não queria abrir mão do estado de exceção vivido pela população negra do país.

O caminho até a democracia foi árduo e Mandela, já liberto, conduziu com maestria a África do Sul para as eleições que o consagraria como presidente daquele país. 

Eleições livre e idôneas

Foram muitos obstáculos. A criação do Conselho Executivo de Transição, o CET, foi fundamental para estabelecer uma ordem democrática visando às eleições que ocorreram em 1994. Entre os meses de abril e maio daquele ano, houve uma mobilização de segurança intensa para garantir uma eleição verdadeiramente livre. 

Os principais partidos do país só aceitaram participar das eleições quando houve a garantia de condições para uma votação idônea. 

Dois anos antes, campanhas de educação eleitoral tomaram conta do país desacostumado a ir às urnas. E mesmo com poucos recursos, o dia 27 de abril de 1994 entrou na história da África do Sul como o dia em que Nelson Mandela foi eleito, tomando posse em 10 de maio daquele mesmo ano. 

Entrando no Palácio do Governo

Nelson Mandela passou a noite da posse na Casa para os Convidados do Estado em Pretória. Ali, morou temporariamente por três meses até mudar-se para a residência presidencial, que se chamava Libertas e teve o nome alterado para Mahlamba Ndlopfu, que significa A Nova Alvorada, nome mais que simbólico.

Por mais que, de início, fosse contra a própria candidatura à presidência da África do Sul, Mandela teve participação direta em todas as decisões tomadas por seu governo desde a posse. A começar por ignorar os luxos concedidos aos dirigentes no palácio do governo e priorizar o trabalho da forma mais ágil possível. Chegou mesmo a carregar equipamentos para montar o escritório presidencial.

Mesmo dedicando toda a vida a transformar o Estado de apartheid em um Estado constitucional, sem leis racistas e sexistas, a prática não permitia ideias abstratas ou soluções simplistas. A escolha de pessoas talentosas ao seu redor foi fundamental para buscar melhorias contínuas, lentas, porém cruciais. 

Unidade Nacional

Nelson Mandela e os novos membros do Congresso sul-africano tomaram posse em 10 de maio de 1994, mas se reuniram no dia anterior para prestar juramento e expressar a plena virada em um país democrático.

Se antes o ambiente parlamentar era intimidador e dominado por homens brancos de terno escuro, havia naquele momento um ambiente de celebração contida, prestes a irromper. Na cerimônia, houve muitos aplausos e lágrimas, com Mandela aclamado enquanto sorria e acenava aos presentes, sentado em seu assento de couro castanho.

Naquele mesmo lugar, o então presidente F.W. de Klerk havia anunciado a libertação de Mandela depois de quase três décadas na prisão. 

A busca por uma unidade nacional, visando a transformar o país, era constante. Os que trabalharam no mandato presidencial de Mandela no começo do primeiro governo pós-apartheid, dos jardineiros aos ministros, esperavam muito dele e dos que o rodeavam.

Todos notavam que o presidente era incapaz de aceitar uma recusa, sendo um  persistente negociador de suas demandas. A busca por consenso nas votações prioritárias era uma obsessão de Mandela.

O Congresso

Antes da eleição de Mandela, o regime do apartheid alimentava a ideia de que revelava ao povo toda a verdade sobre o funcionamento do Estado em suas minúcias e complexidades. 

Em geral, os brancos tinham maior aprovação ao governo de então, enquanto a população negra era quem mais rejeitava o regime discriminatório.

O público, em geral, ficava boquiaberto ao ver as roupas dos parlamentares, com trajes de gala, caríssimos e ousados.

Por mais que fosse o primeiro governo democrático, ainda era o mesmo prédio onde o regime do apartheid por tanto tempo governou o país, que chegou a passar por rituais de purificação do recinto.

Foi com muito trabalho e conversas que Mandela convenceu boa parte dos parlamentares a importância de mudar essa imagem, de maneira que houvesse maior aproximação da real vida do povo, como sendo um lugar que as pessoas não fossem avessas. 

Afinal, as verdadeiras transformações da sociedade começariam por lá e não faria sentido um distanciamento tão gritante, fazendo com que a população não se sentisse representada por aqueles que ocupavam cadeiras para criar leis que melhorariam a sociedade sul-africana. 

Liderança tradicional e democracia

Por todo seu mandato, Mandela captou bem a necessidade de abrir espaço para as lideranças tradicionais na África do Sul democrática, sem que isso comprometesse os princípios democráticos da nova era em seu país.

Muito influente no CNA, ele costumava ouvir seus grandes nomes em meio à sua administração, para que não governasse sozinho, sem o apoio do partido que tanto lhe ajudou a chegar onde chegou. Entendia seu papel como democrata, que precisava estar aberto às diversas opiniões divergentes. Só assim se constrói uma real democracia. 

Transformação social e econômica

Os brancos se beneficiaram social e economicamente do regime discriminatório de antes do governo de Mandela. Muito se pensava no quanto eles resistiram a possíveis melhorias para o restante da população, já que é normal cada um desejar manter seus privilégios. 

Pois quando ficou nítido que não haveria medidas traumáticas, nem seria seguido o mote “perseguir e expulsar o branco”, mas governar para todos, a resistência dos outrora beneficiados diminuiu.

No início do mandato de Mandela a análise dos especialistas dizia que a economia sul-africana se encontrava numa crise estrutural profunda, exigindo reestruturação completa. 

E mesmo com medidas que melhoraram a vida da população local, ao fim de seu governo a África do Sul seguia como uma das populações mais desiguais do mundo. 

O apartheid deixou rastros nocivos que ainda vão demorar muito tempo para ser solucionados por completo. 

Mesmo assim, o saldo de seu mandato, com maior democratização no acesso a serviços como saúde e educação, por exemplo, foi mais que positivo para os sul-africanos.

Notas finais 

Uma figura como Nelson Mandela é exemplo de força, resiliência e paz. Ler um pouco de suas memórias nos faz pensar no quanto um mundo melhor é, sim, possível.

Afinal, não é para qualquer um ficar 27 anos preso por suas ideias e, ao sair do cárcere, não se revoltar contra tudo o que lhe privou a liberdade por quase três décadas.

Ainda que não tenha resolvido todos os problemas da África do Sul em seus cinco anos como presidente, ele certamente marcou a vida de um povo. 

Mandela é figura fundamental para ser revista em tempos de tanto ódio e intolerância. Ler A cor da liberdade: Os anos de presidência nos traz a certeza de que não podemos desistir de lutar contra todo tipo de opressão e injustiça no mundo. 

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